domingo, 30 de junho de 2013

A Magia do Caminhar


 
 
A Magia do Caminhar

 

“Vem vamos embora que esperar não é saber.

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer (...)”

Geraldo Vandré

 
 
 
 
 

 

A Magia do Caminhar na Cidade de Santa Isabel.

Eu quero concluir este semestre com um texto. O texto do primeiro semestre não poderia ser outro, senão este. Eu quero falar sobre magia. Não é mais novidade para os nossos iguais que passei a lavrar este campo, não é verdade? Então, eu quero dizer que caminhar é (definitivamente) um ato mágico. O ritual do “peregrino” é fundado na vontade de avançar e avançando, descobrir o desconhecido (ou encoberto), transformando-o. O que eu estou tentando comunicar: havia um fundo mágico naquilo tudo. Isto ninguém disse até agora. Correto? Esta é a minha contribuição com este texto.

As pessoas que me iniciaram na política “esqueceram” de me ensinar este preceito. Há duas possibilidades para este “esquecimento”: Um – porque não sabiam; Dois – porque não queriam revelar a essência da coisa. Qual é a resposta correta? Voce decide Moreira. Sempre há uma determinada magia no ato de reunir as pessoas, anote aí. E quando estas pessoas são do bem e possuem virtudes e vontades virtuosas, a força que se acumula no entorno é algo muito interessante. Voce sabe o que é caminhar cerca de trinta quilômetros? Tomamos Viamão, afirmei outrora. E foi o que, de fato, ocorreu: A turba reunida no eixo da Liberdade (RS 040 – Parada 32 - Santa Isabel), vai marchando em direção a “Guarda Velha de Viamão”, na extensão do “Caminho do Mato Grosso” (Ou do Passo do Sabão). Ao chegar no eixo da Matriz da Nossa Senhora da Imaculada Conceição, um grupo de pessoas passa a frente da faixa que dizia: “Juventude Indignada na luta pelo fim do monopólio” e, cruzando os braços, formando um cordão humano, não deixa mais nenhuma dúvida: Viamão é nossa! É, pode cantar: Arra, urru, Viamão é nossa! Ou simplesmente: tomamos Viamão. Foi o que ocorreu.

Eu gostaria de ter entoado a célebre e inesquecível canção de Geraldo Vandré. Gostaria de ter cantado: há soldados armados, amados ou não, quase todos perdidos de armas na mão, e nas escolas nos ensinam antigas lições, de morrer pela pátria e viver sem razões. Eu fico arrepiado sempre que entoo este hino. E poderia ser diferente? Claro que não! Porque é o coração falando. É a transpiração da emoção. Voce sabe quando eu decidi desembarcar do apoio “aquele parlamentar”? Quando percebi que ele tinha as pessoas apenas como eleitores. Cada um de nós representava apenas mais uma possibilidade de voto na sua candidatura. Ora bolas: as pessoas não são números. As pessoas são corações transbordantes de amor. Tá certo. Voce quer que eu fale daquela amiga que vai dar uma palestra sobre emoção versus razão? Pronto falei. Minha opinião sobre? No sistema capitalista (materialismo moderno), tomado o ponto de vista do ser materialista, não há esta oposição. Portanto, é algo do tipo: discutir o sexo dos anjos. É a minha opinião.

A palavra mais bonita que eu conheço em antropologia é “Tradição”. Não só a palavra, mas tudo o que ela encerra. Concluo este com a frase que segue: Esta cidade tem Tradição (Com T maiúsculo) no movimento popular, dando sinais claros de que está pronta para reagir ao ataque de qualquer tirano (ou tipo de tirania). O rei caiu. O monopólio da “poderosa” esta prestes a ruir a qualquer momento e o Mago (apesar de todos os ataques sofridos) está vivo – altivo e forte.

 

 





 

Abaixo os links para sites onde os temas aqui abordados podem ser aprofundados:

 

 

Pra não dizer que não falei das flores - Geraldo Vandré (1968)


 

 

BICICLETADA


 

Vídeos JacquesJa


 

Banco de Imagens da Cidade de Santa Isabel


 

 

 

Um comentário:

  1. Papel Maché

    João Bosco / Capinam

    Cores do mar
    Festa do sol
    Vida é fazer
    Todo sonho brilhar
    Ser feliz
    No teu colo dormir
    E depois acordar
    Sendo o seu colorido
    Brinquedo de papel maché

    Dormir no teu colo
    É tornar a nascer
    Violeta e azul, outro ser
    Luz do querer
    Não vai desbotar
    Lilás cor do mar
    Seda cor de batom
    Arco-íris crepom
    Nada vai desbotar
    Brinquedo de papel-maché

    ResponderExcluir