Construtores III
A caminhada é um tipo de
construção. O ato de caminhar constrói um percurso. O percurso, a vida.
Eu ingressei no curso de Ciencias
Sociais (ifch/ufrgs) em 1992. Naquela oportunidade, surgiram três alternativas
de caminho (a seguir): as ciências políticas, a sociologia e a antropologia. O
mais natural é que eu optasse pela primeira, uma vez que era um militante
contumaz do PT. Namorei com a sociologia, mas foi a antropologia que se colocou
“totalmente aberta” para mim. Fiz-me antropólogo. Então, veja que, como afirmo
sempre, aprendi a caminhar andando. Parece simples, não é verdade? Eu diria que
nem tanto. Vou responder com uma pergunta? Por que intelectuais do quilate de
Mário Maestri foram “expurgados” da ufrgs? Voce sabe a resposta!? Eu também
sei, mas deixa pra lá (eu não estou autorizado para falar sobre este assunto).
Vamos voltar para este caminho.
Etnografia de rua foi uma
invenção nossa. Em 1994 eu ingressei como pesquisador voluntário no Grupo da
Professora Dra. Maria Assunta Campilongo. Ela trabalhava com sociologia da
saúde e eu estava prestando serviços no Instituto Dom Bosco Masculino. Havia
lido Goffman (Presídios, Manicomios e Conventos) e aquele universo de pesquisa
me atraia. Produzimos trabalhos interessantes juntos. Um exemplo? A exposição
fotográfica “Cenas da Saúde em Porto Alegre” (a minha parte no trabalho era
sobre o ipf (Instituto Psiquiátrico Forense Dr. Mauricio Cardoso). Foi bem
legal. Acho que deve haver ainda algum registro sobre isto na universidade. Em
1995 eu ingressei como voluntário no navisual (núcleo de antropologia visual do
programa de pós graduação da antropologia / ifch / ufrgs). Em seguida passei a
atuar na equipe da Dra. Cornelia Eckert e Ana Luiza Carvalho da Rocha.
As reuniões da equipe de pesquisadores
(professores e alunos – mestres e aprendizes) aconteciam nas manhãs das
terças-feiras no prédio do ifch/sala sede do navisual. Eu quero declarar, de
público: possuo todos os trabalhos realizados naquela época (tanto em base
física papel, como em arquivos eletrônicos). Guardo com carinho, pois remontam
a uma etapa deste percurso aqui mencionado. Não é possível que ninguém venha
dizer que algo não ocorrido ocorreu (e vice versa). Eu tenho as minhas mãos
limpas. Lembram desta afirmativa, exposta nos outros textos? Então! Elas cabem
muito bem aqui (também).
A criação do Projeto Inventário
das Ruas da Cidade surge neste contexto: do cidadão simples que caminha e
constrói um percurso. Do indivíduo preocupado com o seu meio e interessado nas
coisas do seu tempo. Do intelectual que não aceitou determinadas “regras acadêmicas”
para galgar espaço em direção ao cume. Do artista que extrapola o plano da
arte, inventando uma cidade (de letras). Todo o discurso antagônico a este aqui
proclamado é picuinha na guerra das vaidades humanas que, dia a dia, tritura e
esfola as sensibilidades dos que não se agrupam com “os mais fortes”.
PESADO
ResponderExcluirMeio pesado o texto,não?
LUMINÁRIA
ResponderExcluirEsta é uma imagem feita por este que voz tecla:
LUMINÁRIA DO IFCH
É um trabalho dificil de fazer, pois vejam voces:
1
não usei luz auxiliar (apenas luz ambiente)
2
o local é escuro e sujo.
3
há um truque embutido nesta cena
Voce quer saber como?
Cada ofício tem os seus segredos, não é verdade?
SUJO
ResponderExcluirEu falei sujo.
De fato, está faltando uma manutenção preventiva naquele lugar.
E por falar em ambientes não limpos:
Você sabe qual é o cheiro do IFCH?
Rs, Rs
Voces querem me comprometer?
Calma lá!
Eu senti um cheiro muito estranho, na última vez que estive ali. E pretendo falar sobre isto. Mas em outro momento. Ok
Obrigado pela atenção de todos.