A Magia do Caminhar
“Vem
vamos embora que esperar não é saber.
Quem
sabe faz a hora, não espera acontecer (...)”
Geraldo
Vandré
A Magia do Caminhar na Cidade de Santa Isabel.
Eu quero concluir este semestre com um texto. O texto do primeiro
semestre não poderia ser outro, senão este. Eu quero falar sobre magia. Não é
mais novidade para os nossos iguais que passei a lavrar este campo, não é
verdade? Então, eu quero dizer que caminhar é (definitivamente) um ato mágico.
O ritual do “peregrino” é fundado na vontade de avançar e avançando, descobrir
o desconhecido (ou encoberto), transformando-o. O que eu estou tentando
comunicar: havia um fundo mágico naquilo tudo. Isto ninguém disse até agora.
Correto? Esta é a minha contribuição com este texto.
As pessoas que me iniciaram na política “esqueceram” de me ensinar este
preceito. Há duas possibilidades para este “esquecimento”: Um – porque não
sabiam; Dois – porque não queriam revelar a essência da coisa. Qual é a
resposta correta? Voce decide Moreira. Sempre há uma determinada magia no ato
de reunir as pessoas, anote aí. E quando estas pessoas são do bem e possuem
virtudes e vontades virtuosas, a força que se acumula no entorno é algo muito
interessante. Voce sabe o que é caminhar cerca de trinta quilômetros? Tomamos
Viamão, afirmei outrora. E foi o que, de fato, ocorreu: A turba reunida no eixo
da Liberdade (RS 040 – Parada 32 - Santa Isabel), vai marchando em direção a “Guarda
Velha de Viamão”, na extensão do “Caminho do Mato Grosso” (Ou do Passo do
Sabão). Ao chegar no eixo da Matriz da Nossa Senhora da Imaculada Conceição, um
grupo de pessoas passa a frente da faixa que dizia: “Juventude Indignada na
luta pelo fim do monopólio” e, cruzando os braços, formando um cordão humano,
não deixa mais nenhuma dúvida: Viamão é nossa! É, pode cantar: Arra, urru,
Viamão é nossa! Ou simplesmente: tomamos Viamão. Foi o que ocorreu.
Eu gostaria de ter entoado a célebre e inesquecível canção de Geraldo Vandré.
Gostaria de ter cantado: há soldados armados, amados ou não, quase todos perdidos
de armas na mão, e nas escolas nos ensinam antigas lições, de morrer pela
pátria e viver sem razões. Eu fico arrepiado sempre que entoo este hino. E
poderia ser diferente? Claro que não! Porque é o coração falando. É a
transpiração da emoção. Voce sabe quando eu decidi desembarcar do apoio “aquele
parlamentar”? Quando percebi que ele tinha as pessoas apenas como eleitores.
Cada um de nós representava apenas mais uma possibilidade de voto na sua
candidatura. Ora bolas: as pessoas não são números. As pessoas são corações
transbordantes de amor. Tá certo. Voce quer que eu fale daquela amiga que vai
dar uma palestra sobre emoção versus razão? Pronto falei. Minha opinião sobre?
No sistema capitalista (materialismo moderno), tomado o ponto de vista do ser
materialista, não há esta oposição. Portanto, é algo do tipo: discutir o sexo
dos anjos. É a minha opinião.
A palavra mais bonita que eu conheço em antropologia é “Tradição”. Não
só a palavra, mas tudo o que ela encerra. Concluo este com a frase que segue:
Esta cidade tem Tradição (Com T maiúsculo) no movimento popular, dando sinais
claros de que está pronta para reagir ao ataque de qualquer tirano (ou tipo de
tirania). O rei caiu. O monopólio da “poderosa” esta prestes a ruir a qualquer
momento e o Mago (apesar de todos os ataques sofridos) está vivo – altivo e forte.
Abaixo
os links para sites onde os temas aqui abordados podem ser aprofundados:
BICICLETADA
Vídeos JacquesJa
Banco
de Imagens da Cidade de Santa Isabel
Papel Maché
ResponderExcluirJoão Bosco / Capinam
Cores do mar
Festa do sol
Vida é fazer
Todo sonho brilhar
Ser feliz
No teu colo dormir
E depois acordar
Sendo o seu colorido
Brinquedo de papel maché
Dormir no teu colo
É tornar a nascer
Violeta e azul, outro ser
Luz do querer
Não vai desbotar
Lilás cor do mar
Seda cor de batom
Arco-íris crepom
Nada vai desbotar
Brinquedo de papel-maché