AMPUTADO (SobreTexto)
“A Vida é
Amor
em Movimento”
Pai Jacó
A inspiração dos meus mestres superiores baixou ao completar mais um ciclo. Levaram-me a escrever um dos textos mais significativos da minha trajetória literária. E agora: amputado.
Escrevi na introdução, de forma clara e objetiva: “A dor do AMPUTADO permanece mesmo quando a ferida está cicatrizada. O AMPUTADO reabilitado ganha nova vida. O estigma faz parte da vida do AMPUTADO reabilitado”. Deveria ser assim, sem muitos “enfeites” verbais. Foi-me colocado: comunica e transmite a idéia de forma clara e objetiva. Até por isso, parecia ser “apenas mais um texto” (entre outros tantos que me acompanham).
Celito Esteves era um animal de rua. “Bateu” aqui na nossa porta, pedindo ajuda. Logo nos cativou e foi adotado em 2005. Amiga nasceu na rua (a mãe dela deu a luz em um terreno baldio aqui perto da nossa casa). As crianças cresceram (irmãos da Amiga), a família se dividiu e, em uma noite muito fria e chuvosa do inverno de 2009, a Amiga repetiu o gesto de Celito (“Bateu” aqui na nossa porta). Ficamos sensibilizados com a situação de abandono do animal e adotamos também a Amiga. Passaram a viver juntos Celito e Amiga. Dessa união nasceram no dia 19 de novembro de 2009 os filhos do casal (Chaveirinho, Feroz, Máscara, Meigo, Predileto e Tililim - Ex Chorão). Este último, um cão muito, muito especial que inspira cuidados especialíssimos, pois possui uma limitação no sistema hematológico (seria uma espécie de hemofilia, se comparado com os humanos). Para saber mais sobre o assunto visite a página do Laboratório de Analises Clínicas Veterinárias (LACVET) - Hospital de CLínicas Veterinárias (HCV) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
http://www6.ufrgs.br/favet/lacvet/index.php
http://www6.ufrgs.br/favet/lacvet/index.php
Tililim é um grande Guerreiro. Tili já não tem mais 4 membros. Tili é cada vez mais especial, pois tem nos ensinado muito, muito sobre a vida e sobre o amor. Tililim é um Principe (Uu. Uu, Uu, Uu). Eu Te Amo Filho (Sempre)!
AMPUTADO
A dor do AMPUTADO permanece mesmo quando a ferida está cicatrizada. O AMPUTADO reabilitado ganha nova vida. O estigma faz parte da vida do AMPUTADO reabilitado.
A dor é aguda e brava logo após a amputação. A sensação de perda é muito presente e, geralmente, imobiliza o indivíduo para realizar qualquer atividade. É como se todas as conquistas e vitórias anteriores se reduzissem a uma imensa perda ou derrota. Nesta fase a reabilitação parece ser impossível de ocorrer. Na medida em que o tempo avança, o AMPUTADO vai aprendendo a viver com a sua limitação. A dor ameniza, mas o sofrimento persiste. Volta e meia, retorna aquele fantasma da amputação e o processo de reabilitação retrocede aos patamares do início. Portanto, a dor do AMPUTADO permanece mesmo quando a ferida está cicatrizada.
A reabilitação é um processo ao cabo do qual o AMPUTADO ganha nova vida. A “nova vida” não é a vida anterior retomada. A “nova vida” significa a situação de um individuo que aceitou a sua limitação, e não podendo reaver o que perdera, aceita uma nova condição de vida: a vida de reabilitado. Não é possível ver novamente o horizonte com todo o colorido que dantes. Contudo, o reabilitado sente o prazer renovado de buscar a imagem do horizonte para o alimento da alma. Dependendo do nível de discernimento do reabilitado ocorre um fato interessante: Ao voltar a contemplar o horizonte, o AMPUTADO reabilitado não consegue acessar o mesmo visual que dantes apreciara. No entanto, ganha a oportunidade de ver como não via antes (situação difícil de explicar em poucas linhas. Sentimentos, de um modo geral, não possuem explicações tão óbvias quanto podemos supor).
O AMPUTADO venceu as dificuldades iniciais referentes aos limites e agora está reabilitado. Mas a reabilitação traz consigo uma nova cena a ser vivida: O Estigma. O AMPUTADO reabilitado agora administra os seus déficits sob um olhar depreciativo dos seus semelhantes. Ou seja, além da dor da perda, que tênue persiste, é necessário portar a prótese publicamente e assumir: EU SOU DIFERENTE.
INDICE das IMAGENS
Na imagem acima vemos Tili e Amiga no Parque Municipal Saint Hilaire.
Foto de JacquesJa.
Na imagem abaixo vemos Tili e JacquesJa em um momento especial.
Foto de William Metz.
Mais abaixo banner da ONG "Não Mate"
Edição de imagem JacquesJa
Mais abaixo banner da ONG "Não Mate"
Edição de imagem JacquesJa
Abaixo postagens do BLOG sobre a nossa história:
O programa Conhecendo a UFRGS apresenta o Laboratório de Análises Clínicas Veterinárias (LACVET) / Hospital de Clínicas Veterinárias (HCV) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
http://www.youtube.com/watch?v=7wcKsR6nKGU
Na última quinta-feira (01/03/2011) estivemos no HCV para uma consulta de rotina. Como sempre, fomos muito bem recebidos por toda a equipe do LACVET. Tili coletou material para mais um exame, mas está tudo bem com ele. Aguardamos os resultados.
ResponderExcluirLACVET
ResponderExcluirRecebemos os resultados. Está tudo bem com Tili.
Obrigado aos amigos do LACVET.
Sempre que descarrego adrenalina no meu sistema venoso, recebo boas mensagens. Isto ocorreu ontem, Vejam o resultado:
ResponderExcluir"Descobri" a diferença entre
PETISMO
e
LULISMO
Você sabe qual é a diferença entre os petistas e os lulistas?
NÂO?!
Eu explico, mas não agora.
Vou abrir uma publicação exclusiva para tal. Afinal de contas, é uma baita "descoberta" que fiz (Coisas de adrenalina na veia, só quem sente sabe).
LACVET
ResponderExcluirEstivemos hoje no LACVET.
Como sempre, fomos muito bem recebidos.
Obrigado a equipe da Dra. Luciana Lacerda, especialmente ao Dr. Magnus Dalmolin.
Está tudo bem com Tili.
Obrigado aos amigos do LACVET.