quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
domingo, 21 de dezembro de 2014
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
domingo, 14 de dezembro de 2014
Guma
GUMA
Escultor de personagens que remetem ao homem dos pampas,
Gomercindo da Silva Pacheco nasceu em 1924, o GUMA, colocou na madeira,
terracota, bronze e pedra-sabão o que sua sensibilidade ditava. Morreu em 2008.
A arte entrou na vida de GUMA pelos corredores do Instituto de Belas Artes da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde era servente. O estilo
bem definido e pessoal abriu espaço para GUMA ser acolhido pela classe
artística de Porto Alegre. Suas esculturas fazem parte do acervo do Museu de
Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) e foram exibidas em São Paulo, no Rio de
Janeiro, em Brasília e em Curitiba. Nos anos 80, abriu um ateliê, onde
trabalhou até 2002, quando sofreu um infarto. Dois anos depois, perdeu sua
esposa. Sua obra é seguida por seu filho Luis Fernando pois deixou várias
formas.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Eumenices
Eumênices
Para que se possa compreender a história de Íbico, que se segue, é necessário lembrar, primeiro, que os teatros dos antigos eram edificações enormes, capazes de conter de dez a trinta mil espectadores e, sendo utilizados somente durante as ocasiões festivas, com admissão franca para todos, habitualmente ficavam lotados. Não tinham teto, sendo abertos e expostos ao firmamento, e as apresentações eram durante o dia. Em segundo lugar, a aterradora apresentação das Fúrias não foi exagerada nesta história. Ficou registrado que Ésquilo, o poeta trágico tendo em certa ocasião se apresentado às Fúrias com um coro do cinquenta vozes, aterrorizou tanto aos espectadores que muitos deles desmaiaram ou ficaram em convulsões, e os magistrados proibiram apresentações dessas daí por diante.
Íbico, o poeta piedoso, estava de caminho para as corridas de carros e
competição musical no Istmo de Corinto, que atraiam todos os que fossem de
ascendência grega. Apolo dotara-o de talento no canto e com dulcíssimos lábios
de poeta;prossegui no seu caminho todo alegre, grato ao deus. As torres de
Corinto já coroavam o horizonte quando entrou, com respeito piedoso no bosque
sagrado de netuno. Não havia nenhuma criatura viva a vista, só um bando de
garças voava ao alto, na mesma direção que ele, ou seja, migravam para uma
região mais austral. “Boa sorte a vós, ó! Esquadrões amigos!, exclamou ele
“meus companheiros dos outro lado do mar. Considero a vossa companhia como um
bom agouro. Viemos de longe e vamos à procura de hospitalidade. Desejo que
tanto vós como eu tenhamos a espécie de hospitalidade que guarda o hóspede
forasteiro de todo o mal!”
Continuou andando vigorosamente e em pouco tempo chegou ao meio do
bosque. Ali, de repente, dois ladrões apareceram e barraram-lhe o caminho. Ele
tinha de ceder ou lutar. Mas a sua mão que estava acostumada à lira e não à
luta. Com armas era inofensiva. Pediu aos deuses e aos homens que o
auxiliassem, mas os seus apelos não atingiram os ouvidos de qualquer
defensor. “Então, é aqui que tenho que morrer”, disse ele, “numa terra
estranha, morto por bandidos, sem ser lamentado nem haver quem me vingue?”
Fatalmente ferido, caiu ao chão, quando foi ouvido o canto rouco dos pássaros.
“Tomai a minha causa, vós, ó garças!” disse ele, “já que nenhuma voz, exceto a
vossa, me responde”. Dizendo isso, fechou os olhos e morreu.
O corpo, roubado e mutilado, foi encontrado e, embora desfigurado pelos
golpes e feridas, reconhecido pelo amigo de Corinto que o esperava como
hospede. “É assim que me apareces?” exclamou ele. “Eu que esperava adornar a
tua testa com uma coroa de triunfo na competição de música?”
Os hospedes que se reuniram para o festival souberam da notícia cheios
de consternação. Toda a Grécia sentiu a perda e todos os corações choraram.
Aglomeraram-se em redor do tribunal dos magistrados e exigiram a sua vingança e
castigo com o sangue dos assassinos.
Mas que indicação ou marca poderá apontar o perpetrador do crime no meio
da vasta multidão atraída pelo esplendor da festa? Teria sido morto por mãos de
bandidos ou de algum inimigo particular? Só o sol que tudo vê poderia dizer,
pois olhos nenhuns haviam visto. Mas não era improvável que nesse momento o
assassino andasse entre as multidões, gozando dos frutos de seu crime, enquanto
a vingança o procurava em vão. Talvez, mesmo dentro dos seus templos,
desafiasse ele os deuses e se misturasse à vontade com a multidão que enchia o
anfi-teatro.
Pois agora a multidão se junta, fila sobre fila, enchendo todos os
lugares, parecendo até que a edificação cairia sob o seu peso. O murmúrio das
vozes parece-se com o rugido do mar, enquanto os círculos das bancadas ao
ascender são maiores, degrau sobre degrau, subindo e parecendo querer atingir o
céu.
E agora a vasta assembleia escuta a formidável voz do coro,
personificando as Fúrias; em vestimentas solenes, avançam com passos medidos e
seguem pelo circulo do teatro. Seriam mulheres mortais, essas que compõe o
grupo aterrador, e será que este vasto concurso de figuras silenciosas não
sejam entes vivos?
As coristas, vestidas de preto, seguravam em suas mãos magras, tochas
ardendo com uma chama negra. Suas faces estavam pálidas e, em vez de cabelo,
serpentes enroscavam-se e sibilavam em volta de suas frontes. Formando um
círculo, essas aterrorizadoras criaturas cantavam seus hinos, amedrontando o
coração dos criminosos e dos culpados, paralisando-os de medo cada vez mais.
Mais alto e mais forte cantavam, afogando o som dos instrumentos, congelando o
raciocínio, enfraquecendo o coração e coagulando o sangue.
“Feliz o homem que conserva o seu coração livre de culpa e crime! A
esse, nós, as vingadoras, nada lhe faremos; ele caminhará pela vida sem receio
de nós. Mas desgraça! Desgraça! Para aquele que cometeu o ato de assassínio em
segredo. Nós, da medonha família da noite, desse nos apoderaremos completamente.
Ele poderá julgar que nos pode escapar, mas somos mais rápidas na perseguição e
ataremos os seus pés com as nossas serpentes, e forçá-lo-emos a cair no solo.
Persegui-lo-emos sem nos cansar; e a compaixão jamais nos deterá: sempre, mais
e mais, o perseguiremos até o fim da vida, e não lhe daremos paz nem descanso”.
Assim as Eumênices cantavam, e avançavam em cadencia solene, enquanto um
silencio, como o da morte, pairava sobre toda a assembléia, como se estivessem
na presença das criaturas sobrenaturais que representavam; e então, em marcha
solene, completando o circuito do teatro, saíram pela traseira do palco.
Todos os corações tremiam entre a ilusão e a realidade, e todos os
peitos arfavam de terror indefinido, aterrorizados pelo formidável poder que
observava os crimes secretos e fiava o novelo do destino. Nesse momento
ouviu-se um grito de um dos bancos mais altos: “Olha, olha, camarada, lá estão
as garças de Íbico.” E de repente apareceu voando alguma coisa escura que,
depois de inspeção, viu-se ser um bando de garças voando mesmo sobre o teatro.
“De Íbico?”, disse ele. Esse nome querido reavivou o luto em todos os peitos.
Assim como uma onda segue a outra sobre a superfície do mar, assim correram de
boca em boca as palavras “De Íbico! Esse a quem lamentamos, a quem mãos
assassinas abateram! O que tem as garças que ver com ele?” E mais alto
tornou-se o estrondo das vozes, enquanto que, com a velocidade de um raio, o
pensamento seguinte atravessou todas as mentes: “Observai o poder das Eumenides!
O piedoso poeta será vingado! O assassino traiu-se! Agarrai o homem que gritou
e o outro a quem ele falou!”
O culpado teria anulado as suas palavras, mas era muito tarde. Os rostos
dos assassinos, pálidos de terror, indicavam a sua culpa. O povo conduziu-os
até aos juízes, perante quem confessaram o crime, recebendo o castigo merecido.
Transcrição literal das páginas
Páginas 178-180
Do livro Mitologia Geral – idade da fábula
Autor: Thomas Bulfinch
Belo Horizonte, 1962
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Porto Isabel: TiLilinhoO Filme do Lilinhohttp://www.yout...
Porto Isabel:
TiLilinho
O Filme do Lilinho
http://www.yout...: TiLi linho O Filme do Lilinho http://www.youtube.com/watch?v=Bhoif3IcRuo
TiLilinho
O Filme do Lilinho
http://www.yout...: TiLi linho O Filme do Lilinho http://www.youtube.com/watch?v=Bhoif3IcRuo
domingo, 23 de novembro de 2014
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Encontro dos Kujás
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da área técnica de atenção à saúde dos povos indígenas, irá apoiar a Comunidade Kaingang na realização do V Encontro dos Kujás - Fortalecendo a Medicina Tradicional Kaingang. A abertura do evento ocorre nesta sexta-feira, 21, às 9h, na Aldeia Tupe Pen (rua Professor Padre Werner, 77, bairro Tristeza) .
O evento ocorre a cada dois anos. Na oportunidade Kujás (pajés), parteiras tradicionais, rezadores, cozinheiras e os dançadores guerreiros ensinarão práticas em saúde realizadas a partir de conhecimentos milenares, o que tem sido traduzido como sistema de medicina tradicional.
Conforme o Kujá, Jorge Garcia, o horizonte da medicina tradicional kaingang é a saúde, não a doença ou a cura. "O trabalho dos Kujá abrange o tratamento do corpo das pessoas e da terra em que elas vivem, pois sem terra não temos saúde, a mata é nosso hospital", aponta.
Durante os três dias do encontro, os indígenas kaingang prepararão remédios com ervas do mato, comerão alimentos ensinados pelos seus avós, realizarão cantos e danças, a fim de fortalecer seus corpos e seus vínculos com a terra e com a mata por meio de várias práticas.
Imagem e texto extraido do site da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Feliz Aniversário
Feliz Aniversário
A felicidade de saudar a vida.
Parabéns, parabéns, pelo seu aniversário. No dia dezenove de
novembro de dois mil e nove os garotos vieram ao mundo. Fiquei muito feliz.
Comemorei a chegada de cada um deles: Meigo, Máscara, Feroz, Predileto,
Chaveiro e Tililim.
Tili já partiu. Essa é a parte que dói mais. O processo de
despedida deste filho é ainda uma marca importante e por isso merece este
registro.
A vida que ganhei após a chegada deles é o grande saldo
positivo. Claro que também aprendi um pouco sobre saúde e doença canina, por
exemplo. Aprendi a confiar e também a desconfiar na medicina veterinária. Entre
outras coisas.
Mas venho aqui especialmente para dizer: Muito Obrigado! Muito
Obrigado filhos, por existirem. Muito obrigado família por viverem tudo isso
comigo. Obrigado Pai Eterno e Mãe Divina por me permitir esta troca intensa de
Amor e Respeito com os meus.
Uma mensagem para finalizar esta comunicação:
Adote!
Bixo
não é lixo!
Não
abandone animais, por favor!
Busca
entender o que ocorre no teu entorno. Os teus semelhantes são os humanos e os
não-humanos.
Compaixão
é a palavra. Namastê.
terça-feira, 18 de novembro de 2014
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Blá, Blá, Blá. Blog de JacquesJa: As Regras do Método Sociológico
Blá, Blá, Blá. Blog de JacquesJa: As Regras do Método Sociológico: As Regras do Método Sociológico DURKHEIM, Emile FICHA DE LEITURA - PESQUISA SOCIAL I Aluno: JAQUES XAVIER JACOMINI ...
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
A Lua de Novembro
A Lua de Novembro
A Lua. A Granja e a Viajem.
Gostaria de iniciar esta comunicação com “A
Granja”. Trata-se de um estabelecimento comercial do ramo “Pet” estabelecido
aqui na cidade. São locatários de um prédio da família Furlan situado na
Avenida Liberdade, Santa Isabel, Viamão. Pois, saibam os senhores que os
empresários citados, com a aquiescência dos proprietários do prédio
“assassinaram três indivíduos vegetais adultos” que moravam em frente ao
prédio. Família tradicional, empresários prósperos enlodados por uma pérfida e
intragável inconsciência ecológica. O que eu quero pedir para você que tem
consciência ecológica? Se agregue a nós e boicote “A Granja”. Por favor e se
encontrar a Dona Corinda na rua (proprietária do prédio) proteste também.
Vamos viajar? São Miguel é logo ali. Está
tudo pronto para a expedição científica IFCH/UFRGS. Será uma espécie de
“batismo” para esta turma de iniciados nos “mistérios da arqueologia”. Rogamos
aos deuses pelo êxito completo da atividade. A comunidade de Santa Isabel
sentirá a nossa ausência, especialmente no PEV. Mas, gostaria de tranqüilizar a
todos, pois em breve retornaremos cheios de novidades e muitas história para
contar.
É noite de lua. Canta Zé: Mistérios da
Meia-Noite, Que voam longe, Que você nunca, Não sabe nunca, Se vão se ficam, Quem
vai quem foi... (...). Zé Ramalho. Eu gosto muito dele. Canta Zé: Impérios de
um lobisomem, Que fosse um homem, De uma menina tão desgarrada, Desamparada se
apaixonou... (...) Eu fico por aqui, agradecendo a atenção de todos. Aproveitem
a noite. Está linda e poderosa.
Namastê.
ANEXO
Para que se possa compreender a história de
Íbico, que se segue, é necessário lembrar, primeiro, que os teatros dos antigos
eram edificações enormes, capazes de conter de dez a trinta mil espectadores e,
sendo utilizados somente durante as ocasiões festivas, com admissão franca para
todos, habitualmente ficavam lotados. Não tinham teto, sendo abertos e expostos
ao firmamento, e as apresentações eram durante o dia. Em segundo lugar, a
aterradora apresentação das Fúrias não foi exagerada nesta história. Ficou
registrado que Ésquilo, o poeta trágico tendo em certa ocasião se apresentado
às Fúrias com um coro do cinquenta vozes, aterrorizou tanto aos espectadores
que muitos deles desmaiaram ou ficaram em convulsões, e os magistrados
proibiram apresentações dessas daí por diante.
Íbico, o poeta piedoso, estava de caminho
para as corridas de carros e competição musical no Istmo de Corinto, que
atraiam todos os que fossem de ascendência grega. Apolo dotara-o de talento no
canto e com dulcíssimos lábios de poeta;prossegui no seu caminho todo alegre,
grato ao deus. As torres de Corinto já coroavam o horizonte quando entrou, com
respeito piedoso no bosque sagrado de netuno. Não havia nenhuma criatura viva a
vista, só um bando de garças voava ao alto, na mesma direção que ele, ou seja,
migravam para uma região mais austral. “Boa sorte a vós, ó! Esquadrões amigos!,
exclamou ele “meus companheiros dos outro lado do mar. Considero a vossa
companhia como um bom agouro. Viemos de longe e vamos à procura de
hospitalidade. Desejo que tanto vós como eu tenhamos a espécie de hospitalidade
que guarda o hóspede forasteiro de todo o mal!”
Continuou andando vigorosamente e em pouco
tempo chegou ao meio do bosque. Ali, de repente, dois ladrões apareceram e
barraram-lhe o caminho. Ele tinha de ceder ou lutar. Mas a sua mão que estava
acostumada à lira e não à luta. Com armas era inofensiva. Pediu aos deuses e
aos homens que o auxiliassem, mas os seus apelos não atingiram os ouvidos de qualquer
defensor. “Então, é aqui que tenho que morrer”, disse ele, “numa terra
estranha, morto por bandidos, sem ser lamentado nem haver quem me vingue?”
Fatalmente ferido, caiu ao chão, quando foi ouvido o canto rouco dos pássaros.
“Tomai a minha causa, vós, ó garças!” disse ele, “já que nenhuma voz, exceto a
vossa, me responde”. Dizendo isso, fechou os olhos e morreu.
O corpo, roubado e mutilado, foi encontrado
e, embora desfigurado pelos golpes e feridas, reconhecido pelo amigo de Corinto
que o esperava como hospede. “É assim que me apareces?” exclamou ele. “Eu que
esperava adornar a tua testa com uma coroa de triunfo na competição de música?”
Os hospedes que se reuniram para o festival
souberam da notícia cheios de consternação. Toda a Grécia sentiu a perda e
todos os corações choraram. Aglomeraram-se em redor do tribunal dos magistrados
e exigiram a sua vingança e castigo com o sangue dos assassinos.
Mas que indicação ou marca poderá apontar o
perpetrador do crime no meio da vasta multidão atraída pelo esplendor da festa?
Teria sido morto por mãos de bandidos ou de algum inimigo particular? Só o sol
que tudo vê poderia dizer, pois olhos nenhuns haviam visto. Mas não era improvável
que nesse momento o assassino andasse entre as multidões, gozando dos frutos de
seu crime, enquanto a vingança o procurava em vão. Talvez, mesmo dentro dos
seus templos, desafiasse ele os deuses e se misturasse à vontade com a multidão
que enchia o anfi-teatro.
Pois agora a multidão se junta, fila sobre
fila, enchendo todos os lugares, parecendo até que a edificação cairia sob o
seu peso. O murmúrio das vozes parece-se com o rugido do mar, enquanto os
círculos das bancadas ao ascender são maiores, degrau sobre degrau, subindo e
parecendo querer atingir o céu.
E agora a vasta assembleia escuta a
formidável voz do coro, personificando as Fúrias; em vestimentas solenes,
avançam com passos medidos e seguem pelo circulo do teatro. Seriam mulheres
mortais, essas que compõe o grupo aterrador, e será que este vasto concurso de
figuras silenciosas não sejam entes vivos?
As coristas, vestidas de preto, seguravam
em suas mãos magras, tochas ardendo com uma chama negra. Suas faces estavam
pálidas e, em vez de cabelo, serpentes enroscavam-se e sibilavam em volta de
suas frontes. Formando um círculo, essas aterrorizadoras criaturas cantavam
seus hinos, amedrontando o coração dos criminosos e dos culpados,
paralisando-os de medo cada vez mais. Mais alto e mais forte cantavam, afogando
o som dos instrumentos, congelando o raciocínio, enfraquecendo o coração e
coagulando o sangue.
“Feliz o homem que conserva o seu coração
livre de culpa e crime! A esse, nós, as vingadoras, nada lhe faremos; ele
caminhará pela vida sem receio de nós. Mas desgraça! Desgraça! Para aquele que
cometeu o ato de assassínio em segredo. Nós, da medonha família da noite, desse
nos apoderaremos completamente. Ele poderá julgar que nos pode escapar, mas
somos mais rápidas na perseguição e ataremos os seus pés com as nossas
serpentes, e forçá-lo-emos a cair no solo. Persegui-lo-emos sem nos cansar; e a
compaixão jamais nos deterá: sempre, mais e mais, o perseguiremos até o fim da
vida, e não lhe daremos paz nem descanso”. Assim as Eumênices cantavam, e
avançavam em cadencia solene, enquanto um silencio, como o da morte, pairava
sobre toda a assembléia, como se estivessem na presença das criaturas
sobrenaturais que representavam; e então, em marcha solene, completando o
circuito do teatro, saíram pela traseira do palco.
Todos os corações tremiam entre a ilusão e
a realidade, e todos os peitos arfavam de terror indefinido, aterrorizados pelo
formidável poder que observava os crimes secretos e fiava o novelo do destino.
Nesse momento ouviu-se um grito de um dos bancos mais altos: “Olha, olha,
camarada, lá estão as garças de Íbico.” E de repente apareceu voando alguma
coisa escura que, depois de inspeção, viu-se ser um bando de garças voando
mesmo sobre o teatro. “De Íbico?”, disse ele. Esse nome querido reavivou o luto
em todos os peitos. Assim como uma onda segue a outra sobre a superfície do
mar, assim correram de boca em boca as palavras “De Íbico! Esse a quem
lamentamos, a quem mãos assassinas abateram! O que tem as garças que ver com
ele?” E mais alto tornou-se o estrondo das vozes, enquanto que, com a
velocidade de um raio, o pensamento seguinte atravessou todas as mentes:
“Observai o poder das Eumenides! O piedoso poeta será vingado! O assassino
traiu-se! Agarrai o homem que gritou e o outro a quem ele falou!”
O culpado teria anulado as suas palavras,
mas era muito tarde. Os rostos dos assassinos, pálidos de terror, indicavam a
sua culpa. O povo conduziu-os até aos juízes, perante quem confessaram o crime,
recebendo o castigo merecido.
Transcrição
literal das páginas
Páginas
178-180
Do
livro Mitologia Geral – idade da fábula
Autor:
Thomas Bulfinch
Belo
Horizonte, 1962.
terça-feira, 4 de novembro de 2014
terça-feira, 28 de outubro de 2014
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
terça-feira, 21 de outubro de 2014
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Razões para ser Vegetariano
Anima
Naturalis
Eu quero fazer um convite para você. Assista
o vídeo abaixo (Razões para ser Vegetariano):
Se possível, visite o site abaixo:
Você pode ler o texto que segue, por favor:
Tubarão Martelo de 600 kg é capturado em
Jacumã
A carne será vendida no Mercado do Peixe,
localizado na praia de Tambaú em João Pessoa
Link
Por que
tantos pedidos?
Vou
explicar:
Eu estava transitando na Avenida Liberdade hoje e, de
repente, passa um caminhão frigorífico. E mais adiante avistei mais um destes
cemitérios sobre rodas descarregando morte. Depois mais outro e mais outro. Foi
inevitável a reflexão: até quando? Agora a noite, trabalhando aqui na redação,
recebo a notícia da mãe tubarão morta por pescadores com duas dezenas de bebes
no ventre. E os pescadores comemoram, pois vão faturar mil e quinhentos reais.
É muito sangue. É muita morte. É muito sofrimento. Isto tem que parar. Por
favor, pense nisso. Reflita. Faça um exame de consciência e veja se não está na
hora de inaugurar uma nova etapa na sua vida.
terça-feira, 14 de outubro de 2014
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Amputado
AMPUTADO
A dor do AMPUTADO permanece mesmo quando
a ferida está cicatrizada. O AMPUTADO reabilitado ganha nova vida. O estigma
faz parte da vida do AMPUTADO reabilitado.
A dor é aguda e brava logo após a amputação. A sensação de perda é muito
presente e, geralmente, imobiliza o indivíduo para realizar qualquer atividade.
É como se todas as conquistas e vitórias anteriores se reduzissem a uma imensa
perda ou derrota. Nesta fase a reabilitação parece ser impossível de ocorrer.
Na medida em que o tempo avança, o AMPUTADO vai aprendendo a viver com a sua
limitação. A dor ameniza, mas o sofrimento persiste. Volta e meia, retorna
aquele fantasma da amputação e o processo de reabilitação retrocede aos
patamares do início. Portanto, a dor do AMPUTADO permanece mesmo quando a
ferida está cicatrizada.
A reabilitação é um processo ao cabo do qual o AMPUTADO ganha nova vida. A
“nova vida” não é a vida anterior retomada. A “nova vida” significa a situação
de um individuo que aceitou a sua limitação, e não podendo reaver o que
perdera, aceita uma nova condição de vida: a vida de reabilitado. Não é
possível ver novamente o horizonte com todo o colorido que dantes. Contudo, o
reabilitado sente o prazer renovado de buscar a imagem do horizonte para o
alimento da alma. Dependendo do nível de discernimento do reabilitado ocorre um
fato interessante: Ao voltar a contemplar o horizonte, o AMPUTADO reabilitado
não consegue acessar o mesmo visual que dantes apreciara. No entanto, ganha a
oportunidade de ver como não via antes (situação difícil de explicar em poucas
linhas. Sentimentos, de um modo geral, não possuem explicações tão óbvias
quanto podemos supor).
O AMPUTADO venceu as dificuldades iniciais referentes aos limites e agora está
reabilitado. Mas a reabilitação traz consigo uma nova cena a ser vivida: O
Estigma. O AMPUTADO reabilitado agora administra os seus déficits sob um olhar
depreciativo dos seus semelhantes. Ou seja, além da dor da perda, que tênue
persiste, é necessário portar a prótese publicamente e assumir: EU SOU
DIFERENTE.
Texto escrito em 2010.
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
terça-feira, 7 de outubro de 2014
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
A Cidade do Ovo
A Cidade do Ovo.
Viamão
não tem biblioteca pública.
Viamão
não tem casa de cultura.
Viamão
não tem tele-centros de informática para pessoas de baixa renda acessar a
internet.
Viamão
não tem internet rápida para quem pode pagar por ela.
Viamão
não tem uma pista atlética para a prática desportiva da população.
Viamão
não franqueia o acesso universal para pessoas especiais nos prédios da
administração pública municipal.
Viamão
não tem ciclovia.
Viamão
não tem hospital público.
Viamão
não tem transporte público de qualidade para a população.
Viamão
não tem (...) Não tem (...) Não tem (...).
De
vez em quando, passa por aqui uma Kombi. Não é, exatamente, um automóvel. Foi
um automóvel ah ...,mais ou menos, uns quarenta anos atrás. Ela vem equipada
com um sistema de som. O seu condutor anuncia “a promoção do ovo”: Brada,
repetidas vezes, frases do tipo: Olha o ovo. Olha o ovo, olha o ovo. A melancia
é calada e garantida. Olha o ovo graúdo e fresquinho. Tem laranja. Tem banana.
Tem aipim. Batata doce. É a promoção do ovo passando na frente da sua casa. É
só mandá Pará e aproveitá. Olha o ovo. Vamo chegá freguesia. É só mandá Pará e
apreveitá.
Viamão,
definitivamente, é a Cidade do Ovo.
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
sábado, 20 de setembro de 2014
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Srila Prabhupada
Srila Prabhupada
Abhay Charanaravinda Bhaktivedanta
Swami Prabhupada (ou Srila Prabhupada) nasceu em 1896 em Calcutá, Índia. Seus pais
pertenciam à classe média alta, e ele teve a oportunidade de estudar em escolas
altamente conceituadas, além de ser criado com base nos princípios védicos tradicionais. bhay Charanaravinda Bhaktivedanta Swami
Prabhupada (ou Srila Prabhupada) nasceu em 1896 em Calcutá, Índia. Seus pais pertenciam
à classe média alta, e ele teve a oportunidade de estudar em escolas altamente
conceituadas, além de ser criado com base nos princípios védicos tradicionais.
Fonte do Texto:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Hare_Krishna
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Baih Baih Aghostu
Baih, Baih Aghostu
A escrita de agosto (
jacquesja na linha).
Eu
acabo de retornar do Hospital de Clínicas Veterinárias (HCV – UFRGS).
Nanica foi encaminhada para um procedimento cirúrgico. Mais um animal livre do
sofrimento provocado pelo abandono dos seus antigos “cuidadores”. Além disso,
após a realização desta intervenção médica, estará livre também das “coberturas
indesejadas”, seguidas de gestações em seqüência. Nanica (Cão SRD –
fêmea – aproximadamente 2 anos de idade) estará disponível para adoção responsável.
Os interessados podem entrar em contato conosco, através de e-mail.
Dito
isto entro na segunda parte do texto. Não posso me despedir de agosto sem falar
em Tililim. Digita a frase: “A noite mais fria da casa branca” no Google (pesquisa
na internet). O que retorna? Tili. Agosto está no final e a vontade de
continuar este trabalho é mais jovem do que nunca. Não vou parar. Avançaremos,
par e passo, na defesa dos humildes (humanos e não humanos).
Gostaria
de concluir com um salve para o povo kaingangue. Foi muito bom o encontro ontem
a noite lá na Universidade. O filme, o debate e o calor humano na união
daquelas vontades que estiveram ali presentes representam um ânimo novo nesta
nova fase do trabalho que realizo (antropológico, etnográfico e etnológico).
E
que venham novos agostos para serem queimados. E que venham as luzes divinas a
repousarem sobre as nossas cabeças. Pois, somos, em definitivo, seres de luz no
caminho de retorno para a casa da Mãe Divina e do Pai Eterno.
A
N E X O
Porto
Isabel, 26 de agosto de 2012
A noite mais fria da “Casa Branca” terminou. Tili partiu.
A chegada é comemorada, mas na hora de partir ... Tili nasceu no
dia 19/11/2009 e nos deixou na madrugada do dia 26/08/2012. Com três anos
incompletos Tili “escreveu” uma história completa. Uma linda história de vida.
Ele veio para dizer a nós: “Eu sou um cão. Um cão especial”. Ele sabia que era
um “Cão Especial” e lamentava por aqueles que não entendiam a sua condição.
Lamentava, mas amava. O AMOR foi a sua tônica de vida. Ele dava e recebia AMOR,
intensamente.
Escrevo diante de Celito, pai de Tili. Amiga, mãe de Tili,
também está aqui conosco. Os irmãos de Tili (Meigo, Máscara, Chaveiro, Feroz e
Predileto) também estão aqui conosco. Ou seja, esta história continua.
Eu quero me despedir de Tili, agradecendo: Muito Obrigado,
filho! Muito obrigado por ter estado conosco. Obrigado por estes 3 anos de
convívio amoroso. Foram muitas lições, muitas experiências (de vida). Eu
aprendi muito com você. E os “segredos”? Nós tínhamos “segredos”. Havia
confissões entre nós. Tili carrega para o seu tumulo os nossos “segredos”.
Tililim, amor de cão. Assim eu escrevera certa feita e agora
ratifico: Tililim, Amor de Cão. Eu Te Amo, filho! Você é lindo! U, u, u, u! Uh,
Uh! Meu Tilili. Descansa em PAZ!
O Texto do ANEXO foi
publicado originalmente no endereço abaixo (Clique e veja as imagens):
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
terça-feira, 26 de agosto de 2014
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
domingo, 24 de agosto de 2014
A leitura do Sempre
A Leitura do Sempre.
Gostaria de iniciar pedindo
licença para os guardiões deste lugar (smf): necessito comunicar nesta noite de
Lua Oculta. Com as bênçãos da Mãe Divina e do Pai Eterno.
É sempre bom estar convosco.
A Luz de onde vim oferece o caminho de retorno. Ela chegou. E fala, enquanto eu
escuto, teclo. Tecnologias. Polifonia interfere a conexão. A mensagem foi
cortada. É necessário aguardar.
Vinte e vinte e seis. Vinte e
quatro de oito. Fique atento, pois o calendário oficial (não divino) engana.
Engana e vicia, enquanto induz ao erro. Amiga. Tudo o que quero é ser mais.
Mais Luz. Mais Amor. Mais Fraterno. Compaixão.
A leitura do sempre deve ser
exercitada. É necessário dedicação e paciência. Aqui tempo não é dinheiro.
Hora-aula. Ora bolas. Ouro e prata sem patrão. Trabalho e acredito na
libertação. O corpo é o veículo e a cabeça
uma caixa de imaginação. Antenas. Sinais. Percepção. Amor e Paz no Coração.
Beija-flor. Beija, beija a flor. Isis, Osiris e Orus.
Namastê.
Assinar:
Postagens (Atom)