quinta-feira, 24 de março de 2011

José Lins do Rego


A Antropologia de Riacho Doce
Lamentavelmente a nossa cidade conhece muito pouco desta “Ciência Nova: A Antropologia”. Eu tive a oportunidade de (Re) assistir a minisérie produzida para a televisão (Rede Globo) denominada "Riacho Doce". Baseada na obra de José Lins do Rego, trata-se de uma linda história (de amor) cheia de elementos antropológicos. Ou seja, ela (a ciência nova) está aí, batendo a sua porta (todos os dias), basta reconhecê-la.













José Lins do Rego Cavalcanti (Pilar, 3 de julho de 1901Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1957) foi um escritor brasileiro, considerado um dos grandes nomes da literatura regionalista brasileira.





6 comentários:

  1. Riacho Doce - José Lins do Rego - resumo
    “Em Riacho Doce, José Lins une amor e petróleo. Um casal de suecos vem para o Brasil, para Alagoas, e a loura Edna se extasia com a força tropical do Brasil, que ela descobre. Apaixona-se por um mestiço nordestino, Nô, uma das figuras mais empolgantes de toda a ficção numerosa de Zé Lins. O amor de Edna e Nô é o núcleo desse romance que é um dos mais ardentemente humanos do mestre José Lins do Rego, esse contador de histórias inesgotável, impregnado de oralidade.

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  2. Em Riacho Doce, José Lins do Rego nos dá a sua visão possante dos desequilíbrios sociais e dos dramas humanos individuais e coletivos, provocados pelo problema do petróleo em Alagoas. Tudo decorre deste trágico problema da nossa vida contemporânea. As marés sucessivas de entusiasmo, de desapego às tradições, provocadas pelo engodo da riqueza, e das desconfianças supersticiosas e cóleras nascidas das desilusões naquela mansa terra de pescadores, são descrições de psicologia coletiva das mais vivas e reais que o romancista já fez

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  3. A psicologia de Edna, a fraqueza supercivilizada do engenheiro sueco, a Mãe Aninha que é a melhor análise de psicologia supersticiosa já feita pelo romancista, são todos seres de vida empolgante. De Nô se dirá a mesma coisa, talvez a figura de mestiço, ou melhor, talvez a figura popular mais delicada, mais impressionantemente exposta em todas as incongruências e males de sua condição, da nossa literatura. Não será mais profunda, mais humana que a do moleque Ricardo, mas é de uma delicadeza incomparável.
    E páginas como a descrição dos primeiros tempos de Edna no Riacho Doce, numa linguagem saborosa, ou capítulos como o do estouro da Mãe Aninha, em que a maldição é criada com uma intensidade trágica maravilhosa, são verdadeiramente passos geniais.

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  4. Ficha Técnica e outras informações em

    http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYN0-5273-234296,00.html

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  5. Eu afirmei outro dia: A Magia Existe. Mas os mágicos são poucos.

    Em Riacho Doce há muito de "Magia" e seus meandros. Para quem assite com sensibilidade aguçada e retidão (contida), certamente vai perceber caminhos que esquecemos de percorrer.
    O caminho de retorno a estes caminhos é uma alternativa para quem quer viver com dignidade, sobriedade, paz interior e sintonia com a (mãe) natureza.

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  6. O forte apego as coisas materiais e a necessidade de materializar tudo (o que se toca) cega o homem moderno. Ele simplesmente não vê (o invisível).
    A obra de Lins do Rego mostra que devemos ficar atentos aquilo que não vemos (mas que existe em essência).
    A materialização de tudo é um equívoco muito grande, especialmente da juventude (geralmente impetuosa e arrogante).
    O Riacho que nominalmente era "DOCE", causava diversos males para a saúde dos que ali se arriscavam em banhos fortuítos.

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