segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Da TVE BAHIA
O Soterópolis foi até o bairro do São Gonçalo do Retiro, conversar com Mãe Stella de Oxossi, a matriarca do Ilê Axé Opô Afonjá, que comemora o seu primeiro centenário.

Em julho de 1910 nascia em Salvador um dos mais importantes centros da religião de matriz africana, cujo o nome significa Casa da força sustentada por Xangô, o orixá do fogo e da justiça.

Fundado por Eugênia Ana dos Santos, ou Mãe Aninha como ficou conhecida, a iyalorixá que foi também responsável por grandes avanços para a religião dos Orixás, entre eles a liberação do culto, na década de 1930, após uma audiência com então presidente Getúlio Vargas.

São muitos os projetos culturais e educacionais desenvolvidos dentro do terreiro, que é também a morada de muitos dos filhos e filhas de santo da casa, devido ao tamanho da área, foi cedida a muitas famílias para que construírem ali o seu lar .

Mãe Aninha, muito preocupada com a educação dos seus filhos, fez a seguinte afirmação: “Quero ver meus filhos aos pés de Xangô com anel de doutor”.

Com esse objetivo, foi criada dentro do terreiro a Escola Municipal Eugenia Anna dos Santos, onde muito antes de sua existência, já se aplicava a lei 10.639, que regulamenta o ensino da cultura africana e afro-brasileira nas escolas de todo país. E atende hoje a mais ou menos 350 crianças.

Nesse centenário do axé, quem faz as honras da casa é Maria Stella de Azevedo Santos, ou mãe Stella de Oxossi, que assumiu o comando do terreiro em 1976, após o falecimento de Mãe Senhora.

Foi ela que após voltar de uma viagem a Nigéria, em 1981, teve a idéia de fazer um museu ali mesmo, dentro do terreiro. Com o objetivo de imortalizar a história de sua fundadora e da religião dos orixás. Assim nasceu o Ilê Ohum Lailai, ou a Casa das coisas antigas, em português.




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