Viamão - Fiuza
A mensagem congênere a anterior: “Escritor Civil” e o Viamão
Fiuza.
A princesa do Condado é uma isabelense cheia de atributos,
mas não nega a sua procedência. A beleza é tanta que dificulta o emprego da língua
culta. Sinceramente, com todo o respeito devido, utilizar expressões verbais do
tipo “vamo que vamo” na comunicação social é algo fora do contexto do
principado. Quem tem dificuldade com a linguagem? Existem aqueles que ainda
hoje fazem o emprego de sinais de fumaça. Disparei a flecha com dardo. Eu sou
da Vila faz tempo e ninguém vai me calar.
Preciso resgatar aqui a estória dos catarinas. Recebi muitas
mensagens e manifestações após a publicação do último texto. Quero esclarecer
que não sou xenofóbico. Não tenho nada contra nenhum tipo de grupo ou etnia. A
própria Nina é uma Catarina de Capivari de Baixo. Descendo dos Xavier Trindade
de Tubarão. Tenho amigos em Criciuma, Laguna, Florianópolis, etecétera e tal.
Sobre a referência que fiz ao restaurante vai aqui a dica derradeira para que
não haja mais confusão. A pêra é uma fruta que nasce em uma árvore chamada de -
- - - - - - . Entendeu? Este é o estabelecimento comercial que não confio e não
recomendo. Molho Sugo.
Onze parlamentares votaram contra o projeto que previa a
instalação do estacionamento rotativo na Santa Isabel. O que dizer sobre? Eu
venho trabalhando sobre o tema desde 1999, quando fiz um estudo muito sério e
cunhei a expressão “Cidadenização” para explicar as peculiaridades deste lugar.
Se estes parlamentares enxergam (eu não gosto desta palavra, lembra o vamo que
vamo – expressão chula e grotesca) a Santa Isabel pequena comparada ao centro
histórico de Viamão só tenho a discordar dos nobres edis. Olhar e ver é uma
expressão que aprendi com a Nina Rosa Jacob. É justamente esta ação que faltou
ao crivo parlamentar. Olhar e ver a Santa Isabel tal e qual a sua grandeza como
uma região com ares de Cidade.
Não é fácil ser um escritor civil em meio a tanta ignorância.
Lembram daquele texto que escrevi? Transcrevo abaixo para os que não tiveram a
oportunidade de apreciar:
A Cidade do Ovo.
Viamão não tem
biblioteca pública.
Viamão não tem casa
de cultura.
Viamão não tem
tele-centros de informática para pessoas de baixa renda acessar a internet.
Viamão não tem
internet rápida para quem pode pagar por ela.
Viamão não tem uma
pista atlética para a prática desportiva da população.
Viamão não
franqueia o acesso universal para pessoas especiais nos prédios da
administração pública municipal.
Viamão não tem
ciclovia.
Viamão não tem
hospital público.
Viamão não tem
transporte público de qualidade para a população.
Viamão não tem
(...) Não tem (...) Não tem (...).
De vez em quando,
passa por aqui uma Kombi. Não é, exatamente, um automóvel. Foi um automóvel ah
...,mais ou menos, uns quarenta anos atrás. Ela vem equipada com um sistema de
som. O seu condutor anuncia “a promoção do ovo”: Brada, repetidas vezes, frases
do tipo: Olha o ovo. Olha o ovo, olha o ovo. A melancia é calada e garantida.
Olha o ovo graúdo e fresquinho. Tem laranja. Tem banana. Tem aipim. Batata doce.
É a promoção do ovo passando na frente da sua casa. É só mandá pará e
aproveitá. Olha o ovo. Vamo chegá freguesia. É só mandá pará e aproveitá.
Viamão,
definitivamente, é a Cidade do Ovo.
Pergunta: Quem poderia tecer trabalho igual a este?
Resposta: O Escritor Civil.
Namastê.
Nenhum comentário:
Postar um comentário