Aula Aberta
Os modismos
da academia e o dia do índio (institucionalizado).
Aula
aberta, roda de conversa entre outras denominações correlatas desvelam modismos
acadêmicos urgueanos. O contexto desta minha manifestação acontece no momento
de recebimento de um convite para um evento que vai acontecer no “dia do índio”.
Vejam algumas questões importantes sobre o que ocorre, segundo o meu ponto de
vista.
O evento
denominado de “aula aberta” requer inscrição dos interessados. Se é uma “aula
aberta” que ocorre em um lugar público, por que necessita de processo de
inscrição? Vou agregar aqui mais um por quê. Permitam-me questionar, pois este
é o meu papel. Por que a urguês continua comemorando o dia do índio? Desta vez
com a tal “aula aberta”. E no restante do ano o que ocorre de concreto na
defesa dos direitos e garantias das comunidades tradicionais?
Questiono
porque as atividades em tela são custeadas com receita pública oriunda dos
cofres da União, portanto necessitam ser EFETIVAMENTE abertas para a comunidade
científica e demais interessados no estudo do tema. E ademais o que tenho visto
entre os profissionais que se dedicam para a causa é uma “fogueira de vaidades”
tão nefasta quanto as observadas nas demais “rodas científicas”. Prezados
Senhores até a Baby Consuelo sabe e canta: “Todo dia era dia do índio e agora
eles só tem o dia dezenove de abril”. Comemorem e defendam EFETIVAMENTE o índio
e demais nativos durante os trezentos e sessenta e cinco dias do ano.
Referendar e fortalecer a cultura do “Dia do índio” é tão primário quanto uma
aula teórico-expositiva com direito a chamada (conferência de presença) e olhar
repressivo do tutor-professor titular da cátedra. A universidade pública e
gratuita pode mais do que isto e deve ser mais do que isto (monedas).
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