sexta-feira, 15 de abril de 2016

Dia do índio

Aula Aberta

            Os modismos da academia e o dia do índio (institucionalizado).
            Aula aberta, roda de conversa entre outras denominações correlatas desvelam modismos acadêmicos urgueanos. O contexto desta minha manifestação acontece no momento de recebimento de um convite para um evento que vai acontecer no “dia do índio”. Vejam algumas questões importantes sobre o que ocorre, segundo o meu ponto de vista.
            O evento denominado de “aula aberta” requer inscrição dos interessados. Se é uma “aula aberta” que ocorre em um lugar público, por que necessita de processo de inscrição? Vou agregar aqui mais um por quê. Permitam-me questionar, pois este é o meu papel. Por que a urguês continua comemorando o dia do índio? Desta vez com a tal “aula aberta”. E no restante do ano o que ocorre de concreto na defesa dos direitos e garantias das comunidades tradicionais?
            Questiono porque as atividades em tela são custeadas com receita pública oriunda dos cofres da União, portanto necessitam ser EFETIVAMENTE abertas para a comunidade científica e demais interessados no estudo do tema. E ademais o que tenho visto entre os profissionais que se dedicam para a causa é uma “fogueira de vaidades” tão nefasta quanto as observadas nas demais “rodas científicas”. Prezados Senhores até a Baby Consuelo sabe e canta: “Todo dia era dia do índio e agora eles só tem o dia dezenove de abril”. Comemorem e defendam EFETIVAMENTE o índio e demais nativos durante os trezentos e sessenta e cinco dias do ano. Referendar e fortalecer a cultura do “Dia do índio” é tão primário quanto uma aula teórico-expositiva com direito a chamada (conferência de presença) e olhar repressivo do tutor-professor titular da cátedra. A universidade pública e gratuita pode mais do que isto e deve ser mais do que isto (monedas).



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