quarta-feira, 21 de setembro de 2011

ANA

Ana



  A verdade é que a nossa
Mãe Divina tem muitos nomes
 (Ana, Maria, Isabel, Isis,
Iara, Iânsa, Iemanjá, etc.).
Jacó
In   http://acidadedesantaisabel.blogspot.com



A afirmação exposta acima inaugura este novo momento da nossa “Pesquisa” sobre a nossa aldeia. Os recursos multimídia ajudam bastante as nossas atividades de caráter educativo e informativo. Iniciamos hoje com uma personagem importante da nossa história: ANA.
A configuração, de agora em diante, vai ser esta: parte do texto disponibilizado na internet e outra parte impressa, destinada aos interessados em adquirir o compêndio no formato tradicional (impresso em papel).
A denominação dos lugares, personagens, processos e eventos abre uma página muito importante da nossa história. É fundamental fazer um esforço reflexivo sobre os “Nomes” que nos rodeiam e eu começo com um pequeno nome de apenas três letras: ANA. O nosso totem (se é que temos um) é, sem sombra de dúvida, o Morro Santana. O Morro ganhou esta denominação dos europeus (portugueses) que aqui estiveram entre os séculos XVII e XVIII, especialmente Jerônimo de Ornelas, o sesmeiro do Morro Santana (Santa Ana). De que ANA estamos falando? Diante do fervor expresso pela religiosidade luso brasileira, com matriz na cultura Judaico-Cristã, certamente é na Biblia Sagrada que vamos encontrar as referências mais dignas de nota. Não é nosso objetivo realizar aqui nenhum trabalho doutrinário, apenas a localização histórica das informações. Todos nós já lemos a bíblia, certo? Não!?!?!? Então leiam. Comecem pelo livro de Samuel. Lá vocês encontram a estória de Ana que fez a seguinte promessa: “Senhor, se me concederes a graça de ter um filho, eu o consagrarei a ti, e jamais a navalha lhe passará pela cabeça”. Portanto, é esta referência (Ana a personagem bíblica do Antigo Testamento, mãe do profeta Samuel) que trazemos para falar de um dos primeiros mitos (origem da religiosidade européia) de origem do nosso povo. A Cidade de Santa Isabel poderia ser chamada de Cidade de Santa Ana, se fosse feito este resgate histórico, por exemplo. Os representantes locais da igreja católica preferiram renovar a nomenclatura de suas santidades e escolheram a Santa Isabel (da Hungria) para padroeira da nossa cidade. Rendem homenagens a outra santa católica que não é a Santa Ana (da qual o madeirense Jerônimo era devoto), mas a vertente do culto é a mesma, ou seja, os ensinamentos, valores e princípios norteadores da milenar Cultura Judaico-Cristã, vividas pela igreja Católica Apostólica Romana.  
 Assistimos o vídeo “Sob a LUZ de Solano” (Veja link abaixo). Uma construção belíssima da arte filmográfica atual.   Fazemos esta citação para retomar uma afirmativa do início do nosso texto: “Os recursos multimídia ajudam bastante as nossas atividades de caráter educativo e informativo”. Neste novo momento de construção da história da Cidade de Santa Isabel vamos apelar, sempre que possível, para os recursos multimídia (filmes, vídeos, músicas, etc.) como auxiliares (potentes) na construção da nossa escritura. Acreditamos que, desta forma, enriquecemos o material informativo e deixamos o texto mais leve (menos cansativo). Portanto, em se tratando de uma comunidade essencialmente não branca, conhecer a cultura africana é aproximar-se do nosso povo e da nossa aldeia. Fica o convite para assistirem a beleza do negro e da negritude expostas nesta magnífica obra filmográfica que fala um pouco sobre a vida e a obra do artista (negro) Solano Trindade, através do depoimento de sua esposa e da sua neta, dirigentes do “Teatro Popular Solano Trindade”.

Acompanhe abaixo os links para sites da internet onde os temas aqui abordados podem ser aprofundados:   


Vídeo antropológico sobre africanidade



Ana, mãe de Samuel




A Cidade de Santa Isabel



Vídeos JacquesJa


21/09/2011
09:33 h
4

Z


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