Agosto















Agosto
Você pode Ser + Mais








Primeira Parte






Ficha Catalográfica
JACOMINI, Jacques
Agosto: você pode ser mais. Jacques Jacomini. – Santa Isabel / Viamão / RS: Edição do autor, 2012.










Índice para catálogo sistemático:
1.              Filosofia: Antropologia
2.              Auto-ajuda;
3.              Cultura Religiosa.










DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho para os meus familiares, muito especialmente para a minha esposa, Nice. Detalhe: entre os familiares devem-se incluir todos os nossos filhos caninos.






Índice


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Agosto

Vivemos o inverno de 2012.
A nossa vida flui “magicamente”. No entanto, é necessário SER MAIS.
Ser mais AMOR.
Ser mais HUMANO.
Ser mais SABER.
Ser mais, mais, mais.
Lendo este livro você vai entender o significado destes outros “Mais”.
Este é o “termo de abertura” do livro Agosto (simples como o próprio).

Balneário Pinhal, 02 de agosto de 2012.
Jacques Jacomini


Liberta

A libertação é um processo. Eu não gosto de manuais. Na maioria das vezes, eles ajudam muito pouco. Portanto, não tenho a pretensão de lançar um “Manual da libertação”. Mas eu posso dar “dicas” para você viver melhor. Basicamente, podemos dizer que são três passos:
1-             Vença o medo;
2-             Seja você mesmo;
3-             Trabalhe e confie.
Simples, não é verdade!?
Nas próximas páginas desenvolverei um pouco mais sobre cada um dos tópicos.






MEDO

Vencer o “Medo” é, sem dúvida, um dos nossos maiores desafios. Mas o que é, exatamente, o medo?
O medo é um sentimento extremamente variável. Está sempre ligado a sensações construídas no âmbito das relações humanas. Pode-se dizer que é uma espécie de “lenitivo”, pois em uma dose adequada pode salvar a sua vida. Você é assaltado na rua, por exemplo, e não reage, entregando o que o meliante lhe pede. No entanto, em altas doses, o medo torna-se um inimigo mortal, imobilizando-o para uma série de atividades.
Mas como vencer o medo? De forma breve, eu posso responder com duas palavras (chave): Conhecimento e sabedoria. Neste momento, vou apenas citá-las e depois volto a elas para esclarecer os aspectos que necessitam ser ampliados.    



SER

A missão continua. Agora o desafio que está colocado é “Ser você mesmo”.
Por que isto é tão importante?
Porque todo o resto é fuga. Passamos uma boa parte das nossas vidas fugindo das demandas mais importantes que estão colocadas para nós. Na maioria das vezes, optamos por “desvios”, acreditando em caminhos mais fáceis de percorrer.
A grande questão é: existe UM “Caminho que salva e liberta”. Todo o resto é “desvio”. Portanto, assumir-se é a decisão mais coerente. Assuma o seu “Eu Divino” (o seu Eu Verdadeiro).
Nós chegamos aqui (neste planeta) com uma missão muito específica. Não delegue a terceiros o que é sua responsabilidade. Chega de mecanismos de defesa. Chega de máscaras! Seja você mesmo! Seja feliz! Que assim seja!


TRABALHE e CONFIE

A base da vida dos “bons” é o trabalho. Não pode ser outra coisa. Trabalhando, conquistamos dignidade. Mas para que isto seja verdade, não vale qualquer tipo de trabalho. Aqui entra a segunda parte da sentença: A Fé.
Trabalhando tenazmente, de forma honesta, decente e guiada pela “Luz Divina”, a conexão com as crenças dos bons é quase uma conseqüência. É necessário afastar qualquer resquício de preguiça, de dúvida e de desconfiança. A postura do indivíduo é tudo. A postura do indivíduo orientado, conforme os nossos ensinamentos, é implacável com a preguiça e com a dúvida.







REAGRUPANDO

As tintas estão sendo oferecidas para você, mas quem pinta a tela não sou eu. Você é o autor desta obra. Fique atento para assumir o papel de protagonista desta estória.
Decidi escrever este, pois vejo muitos irmãos precisando de ajuda. Mas, na maioria das vezes, é muito difícil ajudar.  Vejo que muitos confundem ajuda (auxílio) com tutela. Eu não posso adotar os irmãos que sofrem, dando colo. Eu posso estender a mão em auxílio.
É neste contexto (de solidariedade) que decidi usar poucas palavras na abordagem dos temas aqui propostos. São uma espécie de “petiscos” ou, dito de outra forma, é um convite a reflexão. É você que vai decidir se deve ou não aprofundar o entendimento e os estudos aqui propostos.



PROCESSO

Eu quero que você pense um pouco nesta palavra. Leia atentamente. Agora leia em voz alta. Preste atenção nos seus fonemas. Agora, apanhe um dicionário da língua portuguesa e procure o significado da palavra “processo”.
Ao nível do senso comum encontramos uma referencia muito forte da palavra processo como sinônimo de “causa judicial”. As pessoas falam: “Eu vou lá no fórum dar uma olhada no processo”. Este é um dos empregos da palavra, mas existem outros.
Eu estou chamando a sua atenção para esta questão, em função da relevância do tema. O entendimento desta é fundamental para você captar a mensagem que trago neste pequeno livro. Fique atento. Estude.




CICLOS

A primeira idéia que me vem na cabeça, quando falo em ciclos, é a de uma maquina de lavar roupas. Claro que tem a idéia do “Ciclo Menstrual” que também é muito presente em nossas vivências. Ciclos, ciclos, “ciclar”.
Agora que já está claro para todos nós o que é processo, devemos clarear a denominação referente a palavra ciclo. Tudo (tudo mesmo) que tem início, “deságua” em um processo de desenvolvimento e finda (início, meio e fim). É muito importante que você tenha um entendimento claro sobre os processos e seus desenvolvimentos cíclicos. Tudo acontece na natureza desta forma (na natureza humana inclusive). Dentro deste contexto, inventei até um verbo para brincar com estas noções: Ciclar (Viver é ciclar).
    


AGOSTO – 2012

A esta altura da leitura você já consegue apanhar (colher) uma grande parte das pretensões que mobilizam esta obra.
Nenhum livro esgota o tema a que se propõe. Muito menos este que está em vossas mãos. Reconhecer os nossos limites é uma atividade bem interessante, mas sobre este assunto falo depois.
Veja bem: este é apenas um roteiro. O filme vai ser projetado na sua mente. Eu vou contribuir com “elementos” desta película. É somente isto. Neste ínterim, eu gostaria de citar o nome de um indivíduo, seguido do nome da sua obra: Sri Prem Baba (Caminhos do Coração). Se o seu coração foi tocado e deseja conhecer mais sobre, procure na internet, onde há farto material sobre o assunto.




SER MAIS

A proposta agora é retomar o que foi escrito lá no início: É necessário “Ser Mais”. Mas o que significa, exatamente, isto?
Eu gostaria que você dedicasse um período para a realização de uma “auto-análise”. Reveja procedimentos, inventarie erros e acertos, repense os seus hábitos, olhe para os seus vícios, etc. Se você conseguir ser sincero e honesto consigo mesmo, durante este pocesso auto-analítico, eu tenho certeza que, ao final dele, você vai concluir: “Eu posso ser mais”.
De onde eu tiro tanta certeza? Isto aconteceu comigo: andando, aprendi a caminhar. Não é fácil, mas é possível. Instaure este processo na sua vida e depois é só comemorar as vitórias. Boa Sorte! Siga em frente!




SER MAIS, caminhando

Caminhar, sim caminhar com as pernas que você recebeu dos deuses.
Eu vejo que, infelizmente, muitos irmãos e irmãs esqueceram a riqueza do ato de caminhar. Utilizam os automóveis para os deslocamentos mais simples, todo o dia, toda a hora. Assim, poluem o meio ambiente, congestionam o trânsito, ficam obesos, doentes e tristes.
A potencia do caminhar é algo inominável. Todos os nossos semelhantes sabem disso, mas esqueceram do mais simples: caminhar, pedalar, amar, etc. Mas você pode retomar este hábito tão antigo e salutar para toda a raça humana. A caminhada coloca você, face a face, com Deus. Caminhe, ore, medite, converse com Deus. Desta forma você será mais feliz, com toda a certeza.



SER MAIS, pedalando

“A bicicleta é instrumento de busca de felicidade agora”.
Eu apanhei esta frase no Fórum Internacional da Bicicleta que ocorreu em Porto Alegre no início deste ano. Confesso que ao lê-la, pela primeira vez, torci o nariz. Passado algum tempo, percebi que eu não havia entendido todo o seu significado.
Eu trago o “Pedalar” dentro do contexto da importância da “propulsão humana” em nossas vidas (no contraste com os valores predominantes na Sociedade do Automóvel). Para quem  deseja saber mais sobre este assunto, indico a leitura do e-book denominado “O Apocalipse Motorizado” (disponível na internet – WWW.bicicletada.org).
No texto anterior falei no caminhar e agora PEDALAR. São atividades análogas. A diferença básica é que no pedalar usa-se um equipamento que potencializa a força da nossa própria mecânica corporal. E é o que basta. Automóvel? Não! Mais Amor, Menos Motor!

SER MAIS, Comendo

ANNAPURNA

Quando a dieta
está errada,
a medicina é inútil.

Quando a dieta
está certa,
a medicina é desnecessária.

Provérbio Ayurveda
Publicado em



SER MAIS, Orando

"A oração
não é uma repetição mecânica de palavras, mas a abertura do coração para uma comunicação com a nossa verdadeira natureza.
As palavras servem como um instrumento para nos lembrar daquilo que pretendemos atingir e nos ajudam a criar condições para que o objeto da nossa oração se torne realidade no futuro."

KATHLEEN McDONALD
In Simone Kubric (Palavras Sagradas de diferentes povos).






SER MAIS, Sendo ...

"A troca do SER pelo TER nos trouxe inúmeros problemas, tanto sociais (aumento da violência, corrupção, educação e sistema de saúde ineficientes, aumento da pobreza, etc.), quanto pessoais (depressão, isônia, irritabilidade, incapacidade de relacionar-se, etc.)"

NATHAM RIBEIRO MARTINS
In Eneida Magalhães Caetano (Ensinamentos milenares e ritos tibetanos).








SER MAIS, Comendo II

A informação deste tópico é de suma importância para todos nós, por isso retomamos aqui alguns pressupostos.
A citação do provérbio da página anterior faz-se necessária, diante do peso deste tema. Por favor, avalie muito bem a sua alimentação. Os hábitos alimentares são os principais causadores de uma série de moléstias graves que acometem os seres humanos.
Eu não poderia concluir esta página sem falar da "comida sem sofrimento". Aderi ao vegetarianismo (já faz algum tempo). Caminho, a passos largos, para o veganismo. Busque informação. Busque conhecimento e mude a sua vida (para melhor).




SER MAIS, Orando II

A potência da oração é algo inominável (ou indescritivel).
Anteriormente trouxe uma citação (transcrição literal de outro autor) para este livro, para chamar a sua atenção sobre o poder da oração. Agora trago a minha própria larva para falar: Ore! Ore e confie!
Você acorda todos os dias. Escova os dentes todos os dias. Almoça, janta e toma café todos os dias. Enfim faz muitas coisas todos os dias. Diante deste contexto, eu pergunto: Você ora todos os dias? Provavelmente a resposta vai ser um retumbante Não!!!
Pense nisso. Reavalie seus hábitos. Replaneje a sua vida, reprogramando a sua relação com as divindades.




SER MAIS, Amando

"O AMOR é o solvente universal para todos os conflitos. Para todas as distinções. É através do AMOR, da compreensão e da aceitação que poderemos ascender para os reinos celestiais. O AMOR abre as dimensões do infinito. Mas há que se ter humildade e coragem para amar. Essa experiência não é tão fácil. Há que se ter coragem para ser você mesmo. Revelar a sua essência. Quanto tempo, quanto tempo passamos nesta vida nos protegendo. Se escondendo atrás de tantas e tantas camadas. O que somos na essência é AMOR. O AMOR é a seiva da vida. Há que se ter coragem para desvendar o AMOR. Desvendar o Amor significa remover as máscaras e todos os mecanismos de defesa que fomos aprendendo a usar ao longo da vida. A Verdade revela o AMOR. O AMOR revela a liberdade. Todo o esforço de um buscador é se afinar com a verdade. A verdade ilumina o AMOR e o AMOR ilumina a liberdade.
Sri Prem Baba

SER MAIS, Amor

A Força do Amor.
Eu assisti um filme muito bonito: "O Toque do oboé". Neste filme, os atores assistem um filme (mudo) chamado "A Força do Amor". Os dois filmes são importantes. Se você tiver oportunidade de assistir, assista. Mas vamos ao centro do tema: Amor.
Você viu que eu trouxe para estas páginas uma grande citação de um mestre neste tema: Sri Prem Baba. Na verdade a citação é a transcrição literal de uma fala sua durante um encontro que aconteceu recentemente.
Ao nível do senso comum, amor é encarado, de um modo geral, com a noção de romantismo (amor romantico). Este é um viés, mas (obviamente) não é sobre este tipo de sentimento que estamos trabalhando aqui.



SER MAIS HUMANO

Animais. Somos animais.
Já falei aqui da classificação dos três grandes reinos: animal, vegetal e mineral. Todos são importante, mas vou me deter agora em apenas um: o reino animal.
É muito importante neste processo de ser mais, o entendimento das especificidades da raça humana. Este é um tema muito amplo e não vou aprofundá-lo aqui por razões óbvias. Mas vou repetir aquelas três perguntinhas básicas:
1- De onde viemos?
2- O que estamos fazendo aqui?
3- Para onde vamos?
Uma reflexão séria sobre estas três questões representa um exercício para toda a existência do indivíduo. As respostas estão acessíveis para os que "buscam" ser mais humanos. Boa caminhada.


SER MAIS, Saber

"Em algum momento,
o conhecimento
se transforma
em sabedoria".
Sri Prem Baba

A busca do conhecimento e o acesso a sabedoria também são temas relevantes no contexto desta obra.
Nalgum tempo atrás eu escrevi uma página sobre esta temática tão presente em nossos estudos. E agora tive contato com um pequeno texto (citação no início desta página) que colabora (e muito) no entendimento da questão. Para "Ser Mais", temos que "Saber Mais". Para "Ser Mais" temos que acessar a sabedoria ancestral.
Fique atento para este debate acerca do conhecimento e da sabedoria.

SABER e Auto-Conhecimento

"Auto Conhecimento
A graça ilumina a compreensão, e a compreensão promove o descondicionamento da mente. Por isso eu tenho constantemente te convidado para a auto-investigação. O auto-conhecimento é fundamental para promover a transformação e a liberação. Em algum momento, o conhecimento se transforma em sabedoria. O conhecimento ainda pertence ao plano do intelecto, mas através da sabedoria ele se transforma em sabedoria (...)"

Sri Prem Baba







Segunda  Parte


Será publicada em breve









Os ANEXOS que seguem
não compõe a obra.



Esta página 
está em construção


























2012 Jacques Jacomini





























“Então a Mãe ofereceu a fonte que está no Monte e dela saiu VIDA; e Jacó, tendo recebido, recobrou alento, e REVIVEU”.
Juízes 15-19











LasCi



“É Profanar
a grande obra do criador
o ato de comer sangue” 
Ramatsariar
In H. P. B.  A Doutrina Secreta



A palestra do Dr. Sergio Felipe de Oliveira me inspirou (profundamente). A palavra tem poder. Poder de criar e poder de transformar. Portanto, estamos aqui para “Falar”. Estamos aqui para falar do nosso povo, falar da nossa história (da estória da nossa gente), da nossa aldeia, da nossa Cidade.
A Santa de muitos nomes (Bel) está cada vez mais em evidência. Estamos na mídia (Jornal do Almoço – Viamão 270 anos). As nossas riquezas são vendidas todos os dias de várias formas por diversos grupos humanos (capitalistas). A minha tarefa, ditada pelos Deuses, é “Falar” da nossa origem materna e paterna. A minha missão é informar o meu povo (corretamente) sobre as novas descobertas que realizamos nestes últimos anos de preparação e iniciação. A Verdade faz prosperar a Vida.
Há uma grande confusão entre “sentimentos” e “sensações” (sobre esta matéria falaremos em outra ocasião). Eu não posso reproduzir mentiras (repetidas exaustivamente a muitos anos por setores com interesses “obtusos”). Eu venho para trazer a Verdade. A Verdade sobre as origens do nosso povo e da nossa aldeia (Cidade). A Verdade sobre as forças que mobilizam e constroem o desenrolar desta história milenar, da qual somos herdeiros. Herdeiros e guardiões. Este texto é só uma introdução, mas já podemos ir adiantando alguns tópicos (por exemplo): A verdade é que os nossos ancestrais mais remotos são africanos e não europeus como muitos afirmam. A verdade é que somos um povo não branco (negro, índio, amarelo, caboclo, etc.). A verdade é que a nossa Mãe Divina tem muitos nomes (Ana, Maria, Isabel, Isis, Iara, Iansa, Iemanjá, etc.).
Acompanhe abaixo os links para sites da internet onde os temas aqui abordados podem ser aprofundados:   


Palestra do Dr. Sergio Felipe de Oliveira


Jornal do Almoço (RBS – TV) de 14/09/2011



Empreendimento Imobiliário do Morro Santana / Santa Isabel




A Cidade de Santa Isabel



Vídeos JacquesJa


16/09/2011
09:14 h
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Ana


  A verdade é que a nossa
Mãe Divina tem muitos nomes
 (Ana, Maria, Isabel, Isis,
Iara, Iansã, Iemanjá, etc.).
Jacó
In   http://acidadedesantaisabel.blogspot.com


A afirmação exposta acima inaugura este novo momento da nossa “Pesquisa” sobre a nossa aldeia. Os recursos multimídia ajudam bastante as nossas atividades de caráter educativo e informativo. Iniciamos hoje com uma personagem importante da nossa história: ANA.
A configuração das nossas “Escrituras”, de agora em diante, vai ser esta: parte do texto disponibilizado na internet (acesso público, irrestrito e gratuito) e, outra parte impressa, destinada aos interessados aos aprofundamentos dos temas trabalhados. Estes últimos, se assim o desejarem, poderão vir a adquirir o compêndio no formato tradicional, ou seja, impresso em papel.
As denominações dos lugares, das personagens, dos processos e dos eventos isabelenses abrem uma página muito importante da nossa história. É fundamental fazer um esforço analítico e reflexivo sobre os “Nomes” que nos rodeiam e eu começo com um pequeno nome de apenas três letras: ANA. O nosso totem (se é que temos um) é, sem sombra de dúvida, o Morro Santana. O Morro ganhou esta denominação dos europeus (portugueses) que aqui estiveram entre os séculos XVII e XVIII, especialmente Jerônimo de Ornelas, o sesmeiro do Morro Santana (Santa Ana). Mas de qual ANA estamos falando?
 Diante do fervor expresso pela religiosidade luso brasileira, com matriz na cultura Judaico-Cristã, certamente é na Bíblia Sagrada que vamos encontrar as referências mais dignas de nota. Não é nosso objetivo realizar aqui nenhum trabalho doutrinário, apenas a localização histórica das informações. Todos nós já lemos a bíblia, certo? Não!?!?!? Então leiam. Comecem pelo livro de Samuel. Lá vocês encontram a estória de Ana que fez a seguinte promessa: “Senhor, se me concederes a graça de ter um filho, eu o consagrarei a ti, e jamais a navalha lhe passará pela cabeça”. Portanto, é esta referência (Ana a personagem bíblica do Antigo Testamento, mãe do profeta Samuel) que trazemos para falar de um dos primeiros mitos (origem da religiosidade européia) de origem do nosso povo. A Cidade de Santa Isabel poderia ser chamada de Cidade de Santa Ana (ou Cidade de Santana), se houvesse interesse de realizar este resgate histórico (e/ou mnemônico). A Cidade de Porto Alegre, por exemplo, possui um bairro e um morro denominados “Santana”. Os representantes locais da igreja católica (Oblatos de São Francisco de Salles) escolheram a Santa Isabel (da Hungria) para padroeira da nossa cidade. Detalhe: A Igreja Católica estava nesta época situada na Rua Medianeira (Nossa Senhora Medianeira), Bairro Santa Miguelina, Cidade de Viamão que tem como Padroeira a Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
A Comunidade Católica atualmente rende homenagens a outra santa católica que não é a Santa Ana (da qual o madeirense Jerônimo era devoto), mas a vertente do culto é a mesma, ou seja, os ensinamentos, valores e princípios norteadores da milenar Cultura Judaico-Cristã, difundidas pela igreja Católica Apostólica Romana. A religiosidade com matriz na Cultura de origem afro-descendente é muita presente em nosso meio.  
 Assistimos o vídeo “Sob a LUZ de Solano” (Veja link abaixo). Uma construção belíssima da arte filmográfica atual.   Fazemos esta citação para retomar uma afirmativa do início do nosso texto: “Os recursos multimídia ajudam bastante as nossas atividades de caráter educativo e informativo”. Neste novo momento de construção da história da Cidade de Santa Isabel vamos apelar, sempre que possível, para os recursos multimídia (filmes, vídeos, músicas, etc.) como auxiliares (potentes) na construção da nossa escritura. Acreditamos que, desta forma, enriquecemos o material informativo e deixamos o texto mais leve (menos cansativo). Portanto, em se tratando de uma comunidade essencialmente não branca, conhecer a cultura africana é aproximar-se do nosso povo e da nossa aldeia. Fica o convite para assistirem a beleza do negro e da negritude expostas nesta magnífica obra videográfica que fala um pouco sobre a vida e a obra do artista (negro) Solano Trindade, através de depoimentos no “Teatro Popular Solano Trindade”.

Acompanhe abaixo os links para sites da internet onde os temas aqui abordados podem ser aprofundados:  


Breve História das Capitais Brasileiras - PORTO ALEGRE
Direção de Ana Luiza AZEVEDO



“Sob a Luz do Solano” - Vídeo antropológico sobre a Vida e obra de Solano Trindade (africanidade)



Teatro Popular SOLANO TRINDADE



Ana, mãe de Samuel (História Bíblica)



A Cidade de Santa Isabel



Vídeos JacquesJa


21/09/2011
09:33 h
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A Santa



Eu quero que
 vocês sejam bondosos
e não me ofereçam
 sacrifícios de animais” 
Jesus Cristo
Novo Testamento



Afirmamos a bem pouco tempo aqui neste mesmo espaço: “A Santa de muitos nomes (Bel) está cada vez mais em evidência. Estamos na mídia. As nossas riquezas são vendidas todos os dias de várias formas por diversos grupos humanos (capitalistas). A minha tarefa, ditada pelos Deuses, é “Falar” da nossa origem materna e paterna. A minha missão é informar o meu povo (corretamente) sobre as novas descobertas que realizamos nestes últimos anos de preparação e iniciação. A Verdade faz prosperar a Vida”.
Eu não posso reproduzir mentiras. Eu venho para trazer a Verdade. Desta vez foi o “Jornal Oficial de Viamão” que deu grande espaço em suas poucas páginas para “falar” da nossa Cidade. É bom ver a nossa aldeia em evidência, mas o conteúdo das “matérias jornalísticas” ... É divertido ver como o comprometimento com a “versão oficial” leva a formulações inomináveis (e sofríveis).  
A Verdade sobre as origens do nosso povo e da nossa aldeia (Cidade). A Verdade sobre as forças que mobilizam e constroem o desenrolar desta história milenar, da qual somos herdeiros. Herdeiros e guardiões. Isto você encontra aqui. Eu vou repetir: A verdade é que os nossos ancestrais mais remotos são africanos e não europeus como muitos afirmam. A verdade é que somos um povo não branco (negro, índio, amarelo, caboclo, etc.). Atenção “Movimento Negro”, atenção Povo, atenção comunidade não branca, a reportagem afirma: “Foram os imigrantes (italianos, franceses e alemães) que tornaram a Santa Isabel uma comunidade avançada (...)”  
Acompanhe abaixo os links para sites da internet onde os temas aqui abordados podem ser aprofundados:   


Movimento Negro



Negros e Imigrantes


Jornal



Empreendimento Imobiliário do Morro Santana / Santa Isabel




A Cidade de Santa Isabel



Banco de Imagens da Cidade de Santa Isabel


Vídeos JacquesJa


11/12/2011
16:55 h
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Zeferino (em 3 tempos)


“Eu sinto que
 o que é melhor
para o ser humano
 é seguir seu coração”.
Sri Prem Baba
Entrevista para a revista Mountain Weekly 


A Chegada na Santa Isabel (1970)

Zeferino Jacomini era um jovem de pouco mais de 20 anos de idade, quando adquiriu um lote urbano no loteamento Santa Miguelina. Casado com Bernardina Xavier Jacomini, já havia iniciado a formação da prole e trazia nos braços o seu primeiro herdeiro. Partiram os três da beira do Rio Guaiba (atual Avenida Praia de Belas, esquina com Avenida Ipiranga) para morar na Rua Lisboa, fundos da Igreja Católica (atualmente Escola Estadual Walt Disney).

Abastecimento

O prédio que abrigava a Igreja Católica foi varrido por um vendaval. Construíram no local (Esquina da Rua Lisboa com Rua Medianeira) uma escola. A família de Zeferino não dispunha de água encanada. A rede abastecedora não chegava até a residência. Zeferino, em contato com a direção da escola, fez uma “parceria” com o educandário: ele oferecia os seus préstimos laborais na limpeza e conservação do reservatório de água da escola e a diretora franqueara o acesso ao mesmo para abastecer os Xavier Jacomini.

Zeferino (1942 – 2001)

A “ignorância infantil” fizera com que o primogenito sentisse com uma ponta de estranhamento aquele nome: Zeferino!? Parecia pouco comum, pouco usual. Zeferino? Que nome era aquele? Bernardina chamava-o, carinhosamente, de Zefi (eventualmente de Jacó). O seu “nome de Guerra” era Jacomini, denominação usada no !o. Batalhão da Brigada Militar onde sentou praça por quase 30 anos. Felizmente, mais tarde, tudo viria a ser esclarecido e Jacques descobriu o seu real e verdadeiro significado.    

Acompanhe abaixo os links para sites da internet onde os temas aqui abordados podem ser aprofundados:  


·         Homenagem a Zeferino Jacomini



·         4ª MOSTRA MUNICIPAL DE ARTE E CULTURA - VIAMÃO 261 ANOS DE HISTÓRIA (O primeiro e, até o presente momento, único projeto cultural da Santa Isabel habilitado pela Secretaria Estadual da Cultura, através da LIC)



·         Viamão



·         A Cidade de Santa Isabel



·         Vídeos JacquesJa


20/12/2011
23:08 h
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Cyh



“O Louco que
Reconhece a sua
Loucura possui
Algo de prudente;
Porém, o louco que
se presume sábio
Esse está
Realmente louco.” 
Buda
In O Pensamento Vivo de Buda


A conclusão da leitura do compendio denominado “A História da Bíblia” me inspirou para falar-lhes. A Ignorância é a mãe da indústria e da superstição, já dizia o filósofo a séculos atrás. Um Novo Tempo.
A Antropologia me ensinou muitas coisas e sonegou outras tantas. A maior sonegação foi a de não dar a devida evidência para aspectos da nossa própria cultura. Vivemos a sociedade do automóvel (Apocalipse Motorizado) embebida na cultura judaico-cristã, sublimada pelo sistema capitalista moderno. Dá para entender esta “sopa de letrinhas”?  Vamos adiante. Trabalhei durante anos, com afinco e dedicação, sob a orientação de antropólogos (as) que pesquisavam a “Cultura do Medo”, mas por medo ou ignorância os arautos da ciência social não “ensinavam” quem inventou a “Cultura do Medo” (e o holocausto).  A conclusão de leituras como “A História da Bíblia”, associada, mais recentemente, com “A História revelada dos Papas”, representa o fechamento de um ciclo. O verão está no fim. Olha aí as águas de março. Mestre Borel.
A decisão de travar uma guerra contra a ignorância já vem de longa data.  Vivemos a sociedade do automóvel embebida na cultura judaico-cristã, sublimada pelo sistema capitalista moderno (recheado de ignorância propagada pela mídia oficial). Vou lhes contar um segredo: Dos quatro primeiros anos que freqüentei a escola (ensino fundamental) só me foi permitido entrar na biblioteca do educandário uma única vez (oportunidade na qual um fotógrafo visitava a escola e necessitara de um local solene para posarmos para o retrato). Eu sai bonito no retrato, mas estreito no conhecimento (Escola Pública Estadual Walt Disney). Língua estrangeira? Só vim a ter a oportunidade de ser introduzido a este tipo de lição na 7ª. Série (Curso Ginasial – Escola Municipal Alberto Pasqualini). Anos mais tarde, assistiria um determinado Rei mandar “executar” (colocar no paredão e executar impiedosamente) duas bibliotecas. Uma delas voltaria a ser reaberta, porém com menos de um quinto do seu acervo de outrora. Mas para que servem mesmo as bibliotecas?

A Vila Isabel ficou em segundo lugar no carnaval oficial de Porto Alegre. A quinta colocação no ranking oficial deve ser lida desta forma. Mas não é nosso objetivo explicar aqui a “numerologia jaconiana”. Isto fica para outra oportunidade. Só precisamos resgatar que o verão está no fim. Veja como são lindas as águas de março. A série EDICTU (En-Hacore) – Primeiro Ato, temporada 2011/2012 acompanha a estação e também finda por aqui. São ciclos que iniciam. São ciclos que se encerram. Abre e fecha. Um novo tempo.  E o Mestre Borel? Mestre Borel, Gadanha, Tio Zuza e outros tantos poderão vir a ser os personagens da nova série (EDICTU (En-Hacore) – Segundo Ato, temporada 2012/2013. Somos um povo não branco (negro, índio, amarelo, caboclo, etc.), lembra?

Acompanhe abaixo os links para sites da internet onde os temas aqui abordados podem ser aprofundados:  

Documentário etnográfico Mestre Borel - A ancestralidade negra em Porto Alegre, que narra as memórias de um dos mais reconhecidos tamboreiros da religião de matriz africana em Porto Alegre.


O Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão procurando contribuir para o desenvolvimento da antropologia no Brasil.


Empreendimento Imobiliário do Morro Santana / Santa Isabel



A Cidade de Santa Isabel


Vídeos JacquesJa




13/03/2012
17:26 h
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ANEXOS II





 

VITA


A Vida é o maior valor (bem) a ser preservado (vivido). Viva a Vida (em todas as suas formas e manifestações).



A noção de valor é construída socialmente segundo os preceitos culturais das sociedades em questão. A experiência social moderna mostra que o valor financeiro é o que tem maior destaque na sociedade contemporânea capitalista. "Tempo é dinheiro", afirmam os indivíduos que transformam as suas vidas em uma verdadeira "maratona" onde a vitória é representada pelos bens que o capital (econômico-financeiro) pode comprar. Neste caso, imóveis de luxo, automóveis esportivos, jóias e outros produtos afins são os símbolos das pessoas "bem sucedidas" (bens distintivos expostos como medalhas).
Eu entendo que a vida (em todas as suas formas e manifestações) representa o maior valor a ser perseguido, fomentado e preservado. A preservação da vida é a meta 01 (Zero Um) de qualquer pessoa enfileirada conosco (neste pressuposto que defendo). Infelizmente somos minoria entra uma massa de semelhantes que não medem esforços para reproduzir o Status Quo e fomentar a roda consumista (capitalista). Estas últimas desconhecem (ou negam) esta verdade fundamental que venho aqui propagar e, na maioria das vezes, são vítimas do próprio sistema que ajudam a alimentar.
A Vida é tão sublime, rica e maravilhosa que está presente até mesmo onde os transeuntes comuns não observam. Há vida na semente que levada ao solo floresce e dá frutos. Há vida no vento (brisa fresca) que anima e acalma os desalentos da alma. Há vida na água que sacia a sede e rega a planta. Há vida na palavra da boa vontade que enobrece o bem querer. Há vida no seio da mãe que alimenta e nutri o filho querido. Acredito, portanto que é necessário ter muita sensibilidade e sintonia (fina) com o criador e a mãe (natureza) para estabelecer esta aliança eterna com todas as manifestações de vida (humana e não humana). Preservar a vida é fortalecer o amor e a bondade que deve inundar os nossos corações quotidianamente. Viva e deixe viver. Não cometa nenhum tipo de atentado contra a vida. Viva, viva cada vez mais. Viva plenamente. Viva a Vida.

 



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O texto como catarse

Pessoas inteiramente felizes não escrevem. Escrever é algo que resulta de algum grau de mal-estar

A palavra mais usada na literatura atual é muito curta: "eu". O número de textos escritos na primeira pessoa é cada vez maior e configura uma verdadeira tendência, que já tinha sido antecipada pelo jornalista e escritor Tom Wolfe, quando se referiu aos anos 70 como a "Me Decade", a década do eu. Na verdade, é a culminação de um longo processo inaugurado pela modernidade que, ao consagrar a noção do indivíduo, possibilitou esse tipo de literatura, praticamente desconhecida no passado. As numerosas narrativas da Bíblia, para ficar só num exemplo clássico, foram elaboradas por autores anônimos que jamais ousariam deixar sua marca pessoal no texto sagrado.

É preciso dizer que esse fenômeno não significa necessariamente egoísmo ou vaidade, pode ser uma reação ao passado que negava individualidades e padronizava os modos de ser. A "Me Decade" e a literatura do eu representam, assim, uma forma de afirmação pessoal que hoje faz parte do equipamento de sobrevivência dos seres humanos.

A primeira pessoa aparece na literatura de diferentes formas. Quando se trata de ficção, é um personagem imaginário, um disfarce não raro tênue para o próprio narrador. Ou então é uma autobiografia. Ou é um depoimento pessoal: alguém falando sobre uma doença que teve, sobre um problema que viveu. A forma de publicação varia. Pode ser um livro. Pode ser um artigo ou uma carta, em jornal. Pode ser um blog.

Vamos pegar o caso da literatura, que é clássico. Quase todos os escritores começam sendo autobiográficos. Com o correr do tempo, adquirem o domínio da forma e a maturidade que permitem criar personagens com vida própria. Mas por que as pessoas escrevem? As respostas variarão. Alguns dirão que vêem na palavra um instrumento de criação estética. Outros, contudo, dirão que sentem necessidade de colocar para fora aquilo que lhes atormenta. Ou seja, uma catarse. A palavra vem do grego e significa purga ou purificação (é claro que os utilizadores da catarse preferirão esta segunda opção).

Pessoas inteiramente felizes não escrevem. Escrever é algo que resulta de algum grau de mal-estar psicológico, de algum grau de neurose. Problemas emocionais não são raros entre os escritores e, em Touched With Fire, a psiquiatra norte-americana Kay R.Jamison colecionou algumas dezenas de casos. Talvez seja uma condição necessária, mas não é uma condição suficiente. Todo Kafka é um neurótico, mas nem todo neurótico é um Kafka, já disse alguém. Freqüentemente sou procurado por pessoas que me dizem: minha vida daria um romance, só que eu não sei escrever este romance.

Pois é. A diferença entre catarse e literatura é esta: literatura é obra de quem tem intimidade com as palavras, de gente que sabe usá-las de forma original e criativa. Mas isto não deve obscurecer o fato de que escrever é bom para todo mundo. Livro, blog, diário íntimo, e-mails, cartas, não importa: escrevam. Escrever é uma forma de auto-interrogação, No mínimo ajuda a pessoa a descobrir quem ela é.



Moacyr Scliar

25/06/2006

Fonte

http://fotolog.terra.com.br/afeiradolivrodeporto:45