segunda-feira, 20 de abril de 2015

Os Últimos Charruas - Histórias Extraordinárias -...

Blá, Blá, Blá. Blog de JacquesJa: Os Últimos Charruas - Histórias Extraordinárias -...

Solano Trindade

Tem Gente com Fome
Solano Trindade
Trem sujo da Leopoldina
Correndo, correndo, parece dizer
Tem gente com fome, tem gente com fome
Tem gente com fome, tem gente com fome
Tem gente com fome, tem gente com fome
Tem gente com fome
Estação de Caxias
De novo a correr
De novo a dizer
Tem gente com fome, tem gente com fome
Tem gente com fome, tem gente com fome
Tem gente com fome, tem gente com fome
Tem gente com fome
Tantas caras tristes
Querendo chegar em algum destino
Em algum lugar
Sai das estações
Quando vai parando começa a dizer
Se tem gente com fome, dá de comer
Se tem gente com fome, dá de comer
Se tem gente com fome, dá de comer
Se tem gente com fome, dá de comer
Mas o trem irá todo autoritário
Manda o trem parar
- Shhhhiiiii!
Fonte: Círculo Palmarino  (http://www.circulopalmarino.org.br)



sexta-feira, 10 de abril de 2015

Teatro Municipal André Ribeiro Cancela

Lei Municipal Nº 2916/2000

Denomina Teatro Municipal


O Teatro da Casa de Cultura (Calçadão Tapir Rocha) passa a ser denominado “Teatro Municipal André Ribeiro Cancela”.

Biblioteca Pública Mário Quintana

Lei Municipal Nº 3031/2001

Denomina Biblioteca Pública Municipal.


A biblioteca do Terminal da Avenida do Trabalhador passa a se denominar “Biblioteca Pública Mário Quintana.

domingo, 5 de abril de 2015

ovos








Ceuf (Iessa)

Manhã nublada. Minha mãe chora. Águas de março (retardadas).
É com grande satisfação que teclo-lhes nesta manhã de luz encoberta. Querem-me “Ceuf”, mas sô ovo. E, por falar em texto, você leu “A Cidade do Ovo”? Texto autoral de jacquesja. Disponível para “consulta” aqui no blog. Simples (e honesta) reflexão sobre a cidade de onde teclo-lhes. Bom dia! Sejam bem vindos! Você embarcou. Porto Isabel.
Zeferino não era um leitor contumaz e também não era escritor. No entanto, não o considero menos importante que os doutos do seu tempo. Bernardina era diferente. Colhia “jornais dormidos” e lia. Lia e relia. Liam relia e guardava. Essa é a minha humilde origem: periferia. Rua da Margem. Areal do Rio que tragaram. Dragaram? Não! Disse tragaram (verbo tragar).
Aqui na redação – Hans Staden – mais de quinhentos anos depois da invasão. Você leu? Sugiro que leia as imagens. Se considerar necessário, leia o texto no original. As versões deturpam o “fato concreto”. O fato (concreto) é que somos não brancos administrados por uma elite branca (católica e euro inspirada) disposta a fazer tudo (TUDO) para não perder o poder de mando sobre a grande massa de miseráveis que agonizam na margem do capital (ou da capital).
Canibalismo. Este é um tema mais do que atual. E, por falar em comer, veja a ZH de hoje: “Em sua última coluna, Janine compara miséria e escravidão”. Muito bom o texto. Como já afirmara: A Escravidão não acabou. Eu adoro, quando os doutos confirmam o meu conhecimento pré-científico e as minhas “teses periféricas”. Já que está com o jornal na mão. Dá uma olhada também na coluna do Veríssimo. Muito legal. Gostei bastante. São textos pequenos e simples que transmitem o essencial. Bem diferente daquelas propostas descabidas (patológica) diversos textos para um único encontro em curso de graduação. A quem interessa a reprovação do aluno não branco? À serviço de quem está a pedagogia eurocentrada? Por que molestar ainda mais o cativo? Não consigo entender este regozijo da Classe Dominante.  Canibalismos.

Obrigado pela presença vossa. Para encerrar em grande estilo – Ponto de Equilíbrio – Canta comigo. Vila Isabel. A Arte Liberta.

2a. Versão 




Vila Isabel
Eu sou da Zona Norte
O nosso lema é independência ou morte
Oi, Corra atrás dos seus princípios agora
Faça frente com sua pressão sonora
Não deixe que te encostem contra a parede
Mostre que você tem sede de mudança

(Vila Isabel) Quem é da vila não vacila
(Vila Isabel) Berço da música popular
(Vila Isabel) Morro e asfalto
(Vila Isabel) Só Jah Jah sabe (2x)

Lá a voz mais forte tá no lado pobre, tá na zona norte
Eu só preciso saber que não dependemos deles
Que o meu trabalho eu mesmo posso fazer
Nem que me paguem
Nem se me pagarem a maior nota
Eu não me venderei, não me renderei
Seguirei na rota daquele que me fez
Seguirei os meus ancestrais
Pais dos meus pais
Pais dos pais dos meus pais

(Vila Isabel) Quem é da vila não vacila
(Vila Isabel) Berço da música popular
(Vila Isabel) Morro e asfalto
(Vila Isabel) Só Jah Jah sabe (2x)
Bel, bel, bel bel, bel, bel, bel, bel

Aqui tenho de ficar de olho nisso ou naquilo
Pois te digo amigo, atividade não é grilo
Ainda querem imitar o meu estilo
Estilo braço forte em meio aos bandidos fardados, engravatados
Ainda querem me levar tudo o que eu tenho
Ainda querem me roubar o meu talento
Não vão conseguir, não vão conseguir

(Vila Isabel) Quem é da vila não vacila
(Vila Isabel) Berço da música popular
(Vila Isabel) Morro e asfalto
(Vila Isabel) Só Jah Jah sabe (2x)