sábado, 28 de dezembro de 2013

Diário de Viamão





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domingo, 22 de dezembro de 2013

Jacques DeMolay na fogueira

Neste Natal


Ludwig van Beethoven





"Ó homens que me tendes em conta de rancoroso, insociável e misantropo, como vos enganais. Não conheceis as secretas razões que me forçam a parecer deste modo. Meu coração e meu ânimo sentiam-se desde a infância inclinados para o terno sentimento de carinho e sempre estive disposto a realizar generosas acções; porém considerai que, de seis anos a esta parte, vivo sujeito a triste enfermidade, agravada pela ignorância dos médicos."

— Ludwig van Beethoven, inTestamento de Heilingenstadt, a 6 de Outubro de 1802

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Mário Quintana

“O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente”.
(Mário Quintana)

Laerte Fernando Levai

Laerte Fernando Levai

Laerte Fernando Levai é um promotor de justiça de São José dos Campos em São Paulo, também formado em jornalismo, que tem se destacado na luta pelos direitos animais, pela ecologia e contra a vivissecção. É também professor da Pós-Graduação Lato Sensu em Direito Ambiental da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e conferencista sobre Direito dos Animais.
Como faz parte do Ministério Público do Estado de São Paulo, promove diversas ações civis públicas contra a indústria da carne, o uso de animais em entretenimento e em experimentos. É simpatizante do Hinduísmo como escreve no seu livro "Direitos dos Animais": "A filosofia hindu – que preconiza a harmonia cósmica entre todas as criaturas – remanesce, diante disso tudo, em um patamar quase inatingível ao modus vivendi ocidental."1
Aponta nas leis de proteção e na leis ambientais não formas de garantia de direitos, mas comprova que estas mostram que o animal "não figura como vítima de abuso ou maus-tratos – o sujeito passivo é a coletividade –, mas objeto material do delito."2
Escreveu o livro Direito dos animais1 que se encontra na 2ª edição. Participa da Revista Brasileira de Direito Animal produzida pelo Instituto Abolicionista Animal. É especialista em bioética pela Universidade de São Paulo (USP)
Fonte

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Jane Goodall




Jane Goodall

Dame Jane Goodall, DBE, Ph.D. (Londres, 3 de Abril de 1934, de nome completo Valerie Jane Morris Goodall) é uma primatóloga, etóloga e antropóloga britânica.
Estudou a vida social e familiar dos chimpanzés (Pan troglodytes) em Gombe, Tanzânia, ao longo de 40 anos. Os seus estudos contribuíram para o avanço dos conhecimentos sobre a aprendizagem social, o raciocínio e a cultura dos chimpanzés selvagens.
É mensageira da paz das Nações Unidas, fundou o Jane Goodall Institute e é afiliada ao ao grupo defensor dos animais Humane Society of the United States.1 O seu trabalho é reconhecido e já foi homenageada em muitas ocasiões com honrarias académicas diversas e prémios científicos.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Reunião Protetores dos Animais


Maeterlinck



Maeterlinck*

A Inteligência das Flores

Nota Introdutória
Título Original: “A Inteligência das Flores” (Lisboa, 1916)
            A nota introdutória faz-se necessário para preparar o nosso leitor sobre o que vai encontrar nas páginas que seguem. O próprio tradutor, Candido de Figueiredo, utiliza este recurso. Nas primeiras linhas você lê: Nota prévia. Mas, a intenção aqui é transcrever um trecho de “A inteligência das flores”. Da mesma forma como trabalhamos em “O Tesouro dos Humildes”.
            Adendo nesta nota o fato lamentável de não termos uma biblioteca na nossa comunidade. A grande maioria das cidades pequenas (além das médias), pela Europa a fora, possuem pelo menos uma biblioteca. As vezes comunitária, ou lendária (em termos de tradição do lugar), muito pequena, com instalações discretas, mas há. Aqui não. E como nós estamos em dezembro, gostaria de registrar que eu tentei. A mais ou menos quatros anos atrás, preparei um material de divulgação e distribui entre algumas pessoas mais próximas. O objetivo era reunir doações de livros, revistas, CDs, DVDs, etc. para agregar ao acervo que já temos, com fins de iniciar o trabalho de uma biblioteca comunitária. Sabe qual foi o retorno? Praticamente zero. Não consegui sensibilizar os meus semelhantes quanto a necessidade de fundação de um equipamento urbano deste tipo entre nós. Não raramente, ao percorrer as ruas do condado, a pé ou de bicicleta, encontro nas lixeiras livros, revistas, etc.
            Deste breve relato, duas conclusões importantes. Em primeiro lugar, as pessoas deste lugar, de um modo geral, levam para a lixeira, junto ao lixo comum, material reciclável. Entre o material reciclável, há livros e outras obras análogas que poderiam estar abastecendo o acervo de uma biblioteca pública e/ou comunitária. Não há a sensibilidade necessária dos meus co-cidadãos para as demandas da área da cultura e educação. A cultura local é: o poder público que faça. E, aí, entro no segundo ponto: não é responsabilidade apenas do poder público o fato de não termos uma biblioteca pública aqui no “Condado”. Mas, especialmente do poder público que já poderia ter atendido esta demanda da Cidade de Santa Isabel. Para concluir o ponto, é importante frisar que nós tínhamos uma biblioteca local. Ela chamava-se “Biblioteca Pública Municipal Mário Quintana” e funcionava junto ao terminal da Avenida do Trabalhador (atualmente espaço da Praça Santa Isabel). O Poder Público Local, na época sob a administração de Senhor Alex Sander Alves Boscaini, decidiu extinguir o referido terminal e transferir o acervo da biblioteca para o interior da Escola Municipal Alberto Pasqualini. A decisão tornou a única biblioteca pública em mais uma biblioteca escolar e a comunidade sem a possibilidade de acessar o equipamento como ocorria outrora.  Páginas tristes na história de uma comunidade com sede de cultura, lazer e sociabilidades educativas.
            Vejam os senhores, eu estou um pouco lá e um pouco aqui. Explico: a transcrição provoca uma série de reflexões de cunho prático e também sobre o conteúdo do texto trabalhado. Neste momento, me atenho apenas as primeiras causas declaradas. A distância temporal que nos separa da confecção desta obra é de, aproximadamente, um século. Como (e talvez por que) chegamos aqui neste encontro hoje? Este que vos tecla vive em uma cidade que não existe biblioteca, mas viaja diariamente até a academia para realizar um “Curso de Letras”. Neste centro de saber topa com esta preciosidade (A falar. Falar e silenciar). Vivo na América (extremo sul do Brasil). O autor viveu na Europa, centro do vertedouro científico e literário de boa parte de toda a sociedade contemporânea. E este encontro agora? Justo agora no momento em que os jovens (meus semelhantes) nem sequer lêem como liam os seus progenitores. Tão apegados aos novos suportes da informação que consomem a essência das obras literárias, vivem de restos de uma cultura que, de tão decadente, espezinhada e ofendida, por certo, em breve, se extinguirá como vapor a plasmar nuvens de um presente que virou passado.   
            A verdade é que esta transcrição não absolve ninguém da “pena” de Maurício Maeterlinck. Temos (todos) o dever de conhecer esta obra, até para não cair na infâmia traduzida pela célebre frase: Eu não sabia de nada. Como assim? Simplesmente se esquivar de verdades tão sublimes já apresentadas magnificamente por Maeterlinck a mais de um século. Ficou o registro da labuta intelectual deste mestre das letras e também ficou a herança literária super qualificada para os meus contemporâneos. Se agora preferem “drogas diversas” que nem sabem a procedência, o que fazer? Eu vou continuar fiel a minha linhagem de ancestrais que optaram por acreditar e trabalhar na defesa dos bons, dos mansos, dos honestos e dos humildes.


ASPECTOS DA OBRA

            A folha de rosto do livro diz que esta é uma tradução feita por Candido de Figueiredo. A procedência do livro é Lisboa/Portugal, datado de 1916. Deu entrada na biblioteca da PUC/RS em 1951 e traz um carimbo da Faculdade Livre de Educação, Ciências e Letras de Porto Alegre. Um detalhe importante a se destacar aqui é que transcrevo conforme o original. É necessário ratificar: o texto original é Frances, traduzido para a língua portuguesa de Portugal. Portanto há diferenças tanto na semântica como na grafia se comparado com a nossa língua oficial (português – Brasil). Pode ocorrer ainda que o software (editor de texto) tenha puxado alguma grafia para o português Brasil, pois é difícil de controlar as configurações automáticas do programa. Há que se considerar também esta possibilidade. Eu lamento (profundamente) pela falta de sensibilidade dos profissionais da biblioteconomia que gostam de colar selos e mais selos em obras raras como esta que estou trabalhando. O que me parece é que eles seguem um protocolo rígido de normas superiores que impõe este tipo de agressão funesta às obras literárias. Este tipo de compendio nem devia estar disponível para empréstimos focados no público em geral de acadêmicos mais preocupados com as somas das médias aritméticas ao final dos períodos letivos, do que com a formação profissional e intelectual, propriamente dita. Voltando aos selos. Colam e sobrecolam, com objetivos, no mínimo, discutíveis e parciais, selos, tarjas, etiquetas, papeletas de suporte para carimbos e arestos diversos. Eu falei lá atrás em “pena” e se você abre o “A Inteligência das Flores” é justamente o que você vai encontrar: uma palavra escrita com equipamento que já foi tombado para peça de museu histórico. Há muita diferença entre aquele tempo e hoje. Há uma distância muito grande de realidades vividas lá e aqui. O que continua é a estupidez humana de não reconhecer preciosidades que não estejam marcadas com cifrões. 


Na pagina 232, leio ...

A Inteligência das Flores

VIII

Por outro lado, como respondemos nós a pregunta, quando já se não trata de nós, mas daquilo que respira conosco sobre a terra?
Importamo-nos nós por acaso da sobrevivência dos animais? O cão mais fiel, o mais inteligente, o mais afectuoso, assim que morre, não passa de uns restos repugnantes, de que nós nos desembaraçamos, o mais depressa possível. Nem sequer nos parece possível que preguntemos a nós mesmos se alguma coisa da vida, já espiritual, que nele amamos, subsiste apenas em a nossa recordação, e se existe outro mundo para os cães. Parecer-nos-ia altamente ridículo que o tempo e o espaço conservassem preciosamente , durante a eternidade, entre os astros e nos palácios ilimitados do éter, a alma de um pobre animal, constituída de cinco ou seis hábitos enternecedores, mas muito ingênuos, e do desejo de beber, de comer, de dormir e de saudar os seus semelhantes, do modo que sabemos.
Demais, que restaria daquela alma, formada inteiramente de algumas necessidades de um corpo rudimentar, quando esse corpo já não existisse? Mas com que direito imaginamos, entre nós e o animal, um abismo, que nem sequer existe entre o mineral e o vegetal, entre o vegetal e o animal?
Seria mister examinar, antes de tudo, esse direito de nos julgarmos tão distantes e tão diferentes de tudo que vive na terra, assim como a pretensão de nos colocarmos numa categoria e num reino, a que os próprios deuses que nós criamos nem sempre teriam acesso.

Continua na
Pag 234






CONCLUSÃO
       
A sensibilidade é plantada no coração do ser logo da sua chegada nesta esfera (ou quem sabe antes). Os pré-destinados, os seres sensíveis, os escolhidos pelos Deuses possuem este dom natural e não precisam “fazer força” para serem o que “São”. O que são por essência? Senão: sensíveis, amáveis, gentis, enfim especiais luzes.

        Volta e meia, observo “deboches” dos rudes aos especiais, justamente pela sua condição de “especialidade”. Os rudes, os ardilosos, os bravios e vilipendiosos se regozijam em molestar os seres sensíveis e especiais. Para eles é como um jogo onde vale golpe baixo. O preconceito é real e vive entre nós. Contudo, concluo em grande estilo: Viva Maurício! Este ser mais que especial. Antes de todos nós, já estava desperto e de prontidão para falar da temática animal versus Homem com tanta sabedoria e elevação. Ele tem toda a razão: pretencioso é o homem que se julga mais que um não humano. É muito bom ler isto naqueles que nos antecederam. É animo puro para quem respira esta luta anti-especicista, a exemplo do que decidimos empenhar com tenacidade e honradez.

sábado, 7 de dezembro de 2013

UFRGS






A UFRGS é pública?


A UFRGS é pública?
É pública, mas o povo não entra.

A UFRGS é pública?
Pra que (quem)serve o muro?

A UFRGS é pública?
E a unidade ambiental do Morro Santa? Por que não acontece?

A UFRGS é pública?
Óbitos continuarão a ocorrer no final da linha (Caótico) da Empresa (Pública) CARRIS?

A UFRGS é pública?
Quando a UFRGS vai aderir integralmente ao SISU?

A UFRGS é pública?
(...)






Pra Ser Sincero - Engenheiros do Hawaii | Musica Nova MPB

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Proust e o Grupo Escolar Walt Disney






Extraordinário III

Proust e o Grupo Escolar Walt Disney


“Terezinha de Jesus
Teve uma queda
E foi ao chão.
Acudiram três cavaleiros,
Todos três de chapéu na mão
(...)
Trecho Canção Popular

Estudar é sinônimo de viver as letras (grafadas e não grafadas).
A pré-escola ainda não aconteceu para a grande maioria das crianças viamonenses. Não existe estabelecimento de ensino público que atenda a massa discente em fase pré-escolar. Portanto, continuamos formando estudantes meramente médios. A educação é a alternativa máxima para que o filho do trabalhador tenha a oportunidade de sonhar com uma alternativa robusta de ascensão social. Walt Disney.
Eu estive na Escola Estadual de Ensino Fundamental Walt Disney no dia de hoje. Estou reunindo documentos para uma petição. Afinal de contas, tenho que praticar os aprendizados teóricos do “Curso de Letras”. Certamente, para você que me acompanha neste espaço, já sabe bastante sobre a história do sítio onde se encontra a escola, a minha casa materna, a residência da Terezinha, etc. Para quem não teve a oportunidade, digite a palavra chave “Burica” no blog (A Cidade de Santa Isabel) que terá acesso ao conteúdo. O educandário era chamado de Grupo Escolar Walt Disney. Foi criado pelo decreto número 8595 do Governo do Estado em 11/02/1958. Oficialmente o endereço é Rua Medianeira, 648 – Vila Medianeira – Viamão/RS. Atualmente a diretora da instituição é a professora Izabel Videletti. Quatro anos de estudo no ensino fundamental e entrei apenas uma vez na biblioteca para “tirar um retrato”. E o filme “O Leitor”? Assista. Vale a pena, digo vale a película.
Agora um parêntese rápido: Está ficando insustentável o problema do aumento indiscriminado dos animais de rua nesta cidade. Especialmente os caninos. Acabo de subir da Avenida, ainda trajo roupa de ralo, e falo de cadeira: a situação é preocupante. Ontem mesmo fiz contato com uma protetora aqui do condomínio que não tido a oportunidade de conhecer, e os relatos são sempre os mesmos: as pessoas de forma voluntária fazendo tudo o que podem para abrigar, tratar, imunizar, reter as ninhadas indesejadas, etc. E o Poder Público nada, nada e nada. Está acabando o ano. Tem administração debutando e o problema só faz aumentar. Alô, senhor prefeito municipal, por favor, faça algo.
Proust é uma leitura indispensável para todos nós. É claro que o original Frances é de difícil acesso para nós e, mesmo nas traduções, não se trata de uma leitura fácil e simplificada. Eu tive contato com algumas obras no “Curso de Letras” e foi lá que me apresentaram uma adaptação ilustrada muito interessante. Eu comprei um exemplar que chegou pelo correio hoje. Estou muito feliz e pedi licença para Miguel Reale para me encontrar com Proust. É uma satisfação muito grande, mesmo daqui de dentro da periferia sentir a “Madeleine de Proust”. A obra veio do Rio de Janeiro. Portanto, eu quero agradecer a amiga Denise Teixeira da Vila Isabel, diretora da Editora Redescobrir, pelo carinho e apoio nesta empreitada.
Obrigado pela vossa atenção dos que me assistem.
Uma boa noite para todos (as)

Namaste.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Unidos de Vila Isabel Carnaval POA 2010 YouTube

Manual para o leitor







Manual para o leitor





BLOG A Cidade de Santa Isabel

Manual para o leitor



O blog “A Cidade de Santa Isabel” é único no seu gênero, portanto decidi criar este manual. O objetivo é auxiliar os inúmeros leitores que freqüentam este espaço de mídia alternativa. Inicio com o manual (propriamente dito) e, posteriormente, apresento algumas definições auxiliares (glossário).

A internet é um universo de informação (para saber mais sobre o posicionamento do blog sobre este assunto, veja os textos anexos a esta publicação). Estou participando deste cenário com alguns domínios (páginas) criados com fins específicos. O sitioWWW.acidadedesantaisabel.blogspot.com foi construído para colocar em tela a minha aldeia e a minha gente. Você deve ler o blog como lê uma página padrão da internet. Fique atento nas barras laterais, links e imagens, pois estes recursos vão auxiliar o entendimento global dos temas propostos (publicados).

As publicações, de um modo geral, são constantemente revistas e atualizadas. Portanto, se você já leu determinada publicação, voltar a ela não é uma má idéia, pois podem surgir “novidades” em cada uma delas (a qualquer momento). Penso que este é o grande diferencial do blog: um hipertexto ou um texto em movimento constante. Voltar e reler as publicações já visitadas pode ser uma boa oportunidade para se atualizar sobre os assuntos de interesse do leitor (devido a questões operacionais, nem sempre chamo a atenção do público para as re-edições). As atualizações seguem uma dinâmica editorial interna sem regras pré-definidas.

Atenção, no conteúdo do blog pode haver reproduções de textos publicados em outras fontes da própria internet ou fora dela. Segundo o meu ponto de vista, esta interação comunicativa com outros autores e outras fontes enriquecem o trabalho aqui exposto. Neste caso, sempre cito a fonte de origem do material publicado.

Atenção, no conteúdo do blog pode haver publicações de textos “Cifrados”, sempre que o tema e/ou a abordagem apresente esta necessidade operacional. Todo este material é de visualização amplamente permitida, basta que o leitor tenha “a chave de acesso” concedida pela equipe de editores do blog. Para a solicitação de “chave de acesso”, é necessário o leitor interessado entrar em contato (via mensagem eletrônica). Há um pequeno formulário de cadastro e identificação que deverá ser devidamente preenchido para o acesso irrestrito do conteúdo.

  

Boa leitura!





Glossário



Blog: site da internet



Post (ou postagem): publicação



Re-edição: reapresentação de determinada página.



Comentário: pequenos textos publicados a posteriori (podem ser criados por editores externos, devidamente identificados)



Texto Cifrado: conteúdo textual apresentado com o emprego de sistema digital restritivo de acesso público.



Chave de Acesso: espécie de senha disponibilizada para o leitor requerente acessar diretamente e integralmente determinada mensagem (publicação).









ANEXO









VIRTUAL



As novas tecnologias da inteligência disponibilizam um imenso universo a ser explorado: o ambiente virtual (computadorizado). A distância entre o cidadão urbano contemporâneo e a natureza só faz aumentar.

As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática é o título de uma obra muito importante. O autor é Pierre Lévy, filósofo francês, que tem um extenso trabalho nesta área do pensamento. Dentre os diversos livros do autor citado, eu destacaria mais dois. O primeiro é “A Revolução Contemporânea em matéria de Comunicação”, na qual Lévy faz uma análise da evolução da humanidade, abordando o desenvolvimento da Internet e a digitalização da informação. O segundo é o livro “O que é o virtual?” no qual é analisado o fenômeno da virtualização da sociedade contemporânea. Mas qual é mesmo a novidade? Eu tenho uma tese! Já chego lá.

O homem urbano contemporâneo é parte integrante do ambiente natural, mas parece que está cada vez mais longe desta consciência. O distanciamento homem – natureza é cada vez maior devido a um sistema social e econômico que privilegia ambientes extremamente artificiais (que imitam a natureza, mas não tem a sua essência). Penso que a matéria plástica (o plástico e todos os seus derivados) é o símbolo maior desta sociedade de consumo em que vivemos. E o que é mesmo natureza? Lembra do artigo Natura? Pois é, então não vou retornar ao que foi ali desenvolvido. Apenas destaco uma frase para relembrar: A Natureza é a força ativa que estabeleceu e conserva a ordem natural de tudo quanto existe.

O virtual não é algo novo, pois existe desde os primórdios da civilização. Digo isto, pois parto da definição do Aurélio para quem virtual é tudo aquilo que está pré-determinado e contém todas as condições essenciais à sua realização. O que o mercado está vendendo como novidade é a virtualidade mediada pela informática. O endereço eletrônico (ou e-mail), a home Page, o user name são as ferramentas do cidadão que vive conectado as novas tecnologias da inteligência. A questão não é simplesmente negar que inúmeros benefícios foram proporcionados pela informática, mas chamar a atenção para o fato que existe um ambiente virtual não-informatizado disponível para ser acessado. O homem moderno mergulhou profundamente no ciberespaço cunhando uma nova identidade e passa a desprezar e desconsiderar a dimensão espiritual (virtual não-informatizado). As conseqüências disto: indivíduos com rotinas super aceleradas, vivendo longe da essência natural que os concebeu. A doença (especialmente depressão, fobias e stress) é a queixa mais comum de quem tenta realizar o caminho de retorno. Somos seres com um corpo (dimensão física) e uma alma (dimensão espiritual) e necessitamos de alimento para estas duas faces. Ater-se apenas a primeira face é um equívoco (uma espécie de insanidade, eu diria).



Escrito em 28/05/2010

Autor Jacques Jacomini



domingo, 24 de novembro de 2013

A Deusa

A Deusa
A Deusa foi a primeira divindade cultuada pelo homem pré-histórico. As suas inúmeras imagens encontradas em vários sítios históricos e arqueológicos do mundo inteiro representavam a fertilidade - da mulher e da Terra. Por ser a mulher a doadora da vida atribuiu-se à Fonte Criadora Universal a condição feminina e a Mãe Terra tornou-se o primeiro contato da raça humana com o divino.
Quem é A Deusa?
Só o fato de termos que fazer essa pergunta demonstra o quanto nossa sociedade ocidental formada sob a égide da mitologia judaico-cristã se afastou de nossas origens. Fomos criados condicionados por uma cosmologia desprovida de símbolos do Sagrado Feminino, a não ser Maria, Mãe Divina, que não tem os atributos divinos, que são reconhecidos apenas ao Pai e ao Filho e é substituída na Trindade pelo conceito de Espírito Santo.
Maria é, quando muito, a intermediária para a atuação dos poderes do Deus... "peça à Mãe que o Filho concede..." Mas Maria não é a Deusa, senão um de seus aspectos mais aceitos pela sociedade patriarcal, de coadjuvante do Deus, reproduzindo o fenômeno social do patriarcado em que a mulher auxilia o homem, mas sempre lhe é inferior e, por isso, deve submeter-se à sua autoridade.
Constata-se que a ausência de uma Deusa nas mitologias pós-cristãs se deve ao franco predomínio do patriarcado. Predomínio esse que nos trouxe, ao final do século XX, a uma sociedade norteada pelos valores da competição selvagem, da sobrevivência do mais forte, da violência ao invés da convivência, do predomínio da razão sobre a emoção. Mas a Deusa está ressurgindo. Desde a década de 60, reafirmando-se nas últimas, a descoberta da Terra como valor mais alto a preservar sob pena de não mais haver espécie humana fez decolar a consciência ecológica e o renascimento dos valores ligados à Deusa: a paz, a convivência na diversidade, a cultura, as artes, o respeito a outras formas de vida no planeta.
Cultuar a Deusa hoje significa reconsagrar o Sagrado Feminino, curando, assim, a Terra e a essência humana. Quer sejamos homens ou mulheres, sabemos que nossa psique contém aspectos masculinos e femininos. Aceitar e respeitar a Deusa como polaridade complementar do Deus é o primeiro passo para a cura de nossa fragmentação dualística interior.
A Deusa é cultuada como Mãe Terra, representando a plenitude da Terra, sua sacralidade. Sobre a Terra existimos e, ao fazê-lo, estamos pisando o corpo Onipotente e distante, que vive nos céus... A Deusa é a Terra que pisamos, nossos irmãos animais e plantas, a água que bebemos, o ar que respiramos, o fogo do centro dos vulcões, os rios, as cores do arco-íris, o meu corpo, o seu corpo... A Deusa está em todas as coisas... Ela é Aquela que Canta na Natureza... O Deus Cornífero seu consorte, segue sua música e é Aquele que Dança a Vida...
Cultuar a Deusa não significa substituir o Deus ou rejeitá-lo. Ambos, Deus e Deusa são as expressões da polaridade que permitiu que o Grande Espírito, o UNO, se manifestasse no universo... São os dois lados de uma mesma moeda... as duas faces do Todo, ou sua divisão primeira. Assim, crer na Deusa e no Deus ainda é crer em um Ser Supremo que, ao se bipartir, criou o princípio masculino e o princípio feminino, o Yin e o yang, o homem e a mulher.
A Deusa também é a Senhora da Lua e, mais uma vez, a explicação desse fato remonta às cavernas em que já vivemos. O homem pré-histórico desconhecia o papel do homem na reprodução, mas conhecia muito bem o papel da mulher. E ainda considerava a mulher envolta em uma aura mística, porque sangrava todo mês e não morria, ao passo que para qualquer dos homens sangrar significava morte. Portanto, a mulher devia ser muito poderosa, ainda mais que conhecia o "segredo" de ter bebês... É fácil entender porque a mulher era identificada com a Deusa, ou, melhor dizendo, porque a primeira divindade conhecida tinha que ter caracteres femininos... Ainda mais quando as pessoas descobriram que a gravidez durava 10 lunações e a colheita e o suceder das estações seguia um ciclo de 13 meses lunares. O primeiro calendário do homem pré-histórico foi mostrado nas mãos da famosa estatueta da Vênus de Laussel, que segura em sua mão um chifre em forma de crescente, com 13 talhos que representam as lunações.
Por sua conexão com a Lua e a mulher, a Deusa é cultuada em 3 aspectos: a Donzela, que corresponde à Lua Crescente, a Mãe representada na Lua Cheia e a Anciã, simbolizada na Lua Decrescente, ou seja, Minguante e Nova.
Na tradição da Deusa a Donzela é representada pela cor branca e significa os inícios, tudo o que vai crescer, o apogeu da juventude, as sementes plantadas que começam a germinar, a Primavera, os animais no cio e seu acasalamento. Ela e a Virgem, não só aquela que é fisicamente virgem, mas a mulher que se basta, independente e auto-suficiente.
Como Mãe a Deusa está em sua plenitude. Sua cor é o vermelho, sua época o verão. Significa abundância, proteção, procriação, nutrição, os animais parindo e amamentando, as espigas maduras, a prosperidade, a idade adulta. Ela é a Senhora da Vida, a face mais acolhedora da Deusa.
Por fim, a Deusa é a Anciã, que é a Mulher Sábia, aquela que atingiu a menopausa e não mais verte seu sangue, tornando-se assim mais poderosa por isso. Simboliza a paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a Deusa em sua face Negra da Ceifeira, a Senhora da Morte. Aquela que precisa agir para que o eterno ciclo dos renascimentos seja perpetuado. Esta é o aspecto com que mais dificilmente nos conectamos, porém, a Senhora da Sombra, a Guardiã das Trevas e Condutora das Almas é essencial em nossos processos vitais. Que seria de nós se não existisse a morte? Não poderíamos renascer, recomeçar...
Desta forma, é fácil compreendermos porque a Religião da Deusa postula a reencarnação. Se fazemos parte de um universo em constante mutação, que sentido haveria em crermos que somos os únicos a não participar do processo interminável da vida-morte-renascimento? Essa realidade existe no microcosmo do ciclo das estações, da colheita que tem que ser feita para que se reúnam as sementes e haja novo plantio. É justamente por isso que aqueles que seguem o Caminho da Deusa celebram a chamada Roda do Ano, constituida pelos 8 Sabbats celtas que marcam a passagem das estações. Ao celebrar os Sabbats cremos que estamos ajudando no giro da Roda da Vida, participando assim de um processo de co-criação do mundo.
Por tudo o que dissemos fica fácil entender porque os caminhos, cultos e tradições centrados na Deusa são religiões naturais, fundamentadas nos ciclos da natureza e no entendimento de seus elementos e ritmos. Estas práticas de magia natural usam a conexão e correlação dos elementos da natureza - Água, Terra, Fogo e Ar, as correspondências astrológicas (signos zodiacais, influências planetárias, dias e horários propícios, pedras minerais, plantas, essências, cores, sons) e a sintonia com os seres elementais (Devas Guardiões dos lugares, Gnomos, Silfos, Ondinas, Salamandras, Duendes e Fadas).
A Deusa e o Deus
"Todas as Deusas são uma só Deusa, todos os Deuses são um só Deus."
Conquanto a Deusa presida a pulsação vital constante do Universo, é imprescindível que entendamos o papel do Deus. Ela é a Senhora da Vida, mas Ele é o Portador da Luz; Ela é o ventre, Ele o falo ereto; Ela gera a vida, Ele é a faísca que inicia o processo, em plena harmonia, sem predomínios nem competições, mas pela completa união... Ambos parceiros no desenrolar da música e dança que criam e recriam o universo ainda hoje... Na Primavera Ela é a Donzela, Ele o Deus Azul do Amor... No verão ela é a Mãe, grávida, ele o Galhudo, o Deus da Vegetação e dos Animais, Cernnunnos... No outono ele desce para o Mundo Subterrâneo, como o Deus Negro do Mundo Inferior, do sacrifício e da Morte e Ela a Anciã que abre os portais e o acolhe durante sua transmutação. No inverno ele renasce do próprio ventre escuro da Deusa, que quase torna, assim, a um só tempo, sua consorte e sua mãe...
Os últimos anos têm assistido o fenômeno chamado "Renascer da Deusa", ou seja, o ressurgimento do arquétipo do divino feminino na cultura, nas artes, na ciência e no psiquismo das pessoas. Fazem parte desse renascimento a preocupação ecológica, as manifestações pela paz, o ressurgimento de religiões baseadas na natureza, pondo em relevo valores femininos: o respeito à Mãe Terra, o reconhecimento dos seres humanos como irmãos dos demais seres, a ênfase na conciliação dos sexos e das pessoas, ao invés da competição, a paz ao invés dos conflitos, as terapias naturais respeitando o corpo e a Terra, a volta dos oráculos (runas, tarot, geomancia) e das práticas xamânicas.
Dentro dessa nova mentalidade, o culto à Grande Mãe pode ser feito em diversos caminhos espirituais. De certa maneira, a própria Igreja Católica participa dessa tendência de várias maneiras, colocando em relevo depois de muitos anos a figura de Maria. As religiões centradas na Deusa geralmente têm em comum o reconhecimento da natureza como a própria e, por isso, são designadas como Cultos ou Tradições Naturais, muitos deles oriundos ou aplicando os princípios do xamanismo. Os cultos à Deusa são religiões xamânicas, no sentido de reunirem prática de magia natural e contatos com outras realidades, além de se basearem na interação dos quatro elementos: Fogo, Água, Terra e Ar, unidos pela quitessência que é o Espírito.
Atualmente existem inúmeros cultos que poderíamos chamar de "centrados na Deusa", ou "A Religião da Deusa". Mas o mais conhecido deles hoje, sem dúvida, é a Tradição Wicca, que influencia de muitas formas todos os demais.
Wicca é uma religião pagã (usada esta palavra tanto no sentido comum de "não cristã", como no sentido etimológico de "oriunda do campo", por ser uma religião de origem rural) que cultua a Deusa Tríplice e seu consoante o Deus Cornífero. Ambos são expressões em polaridades do Ser Supremo, a Divindade, chamado pelos nativos norte americanos de Grande Espírito ou o Grande Mistério, O UNO ou a Fonte Criadora, que se manifesta na realidade concreta nas representações da Deusa e do Deus.
A palavra WICCA se origina do inglês arcaico wicce, significando wise (sábio) e o verbo moldar, dobrar. Portanto, um Wiccan (como são chamados seus adeptos) é um moldador, alguém que dá outra feição à realidade que o cerca.
A Wicca surgiu na primeira metade do século XX, do estudo de alguns pioneiros como Margaret Murray e Gerald Gardner, que procuraram resgatar as raízes da witchcraft (bruxaria) praticada na Inglaterra rural e na Toscana (norte da Itália). Essas práticas eram, na origem, a expressão popular da religião celta, que dominou a Europa Ocidental por séculos. A Wicca, pois, se propõe a ser a versão moderna da Antiga Religião.
Na Tradição Wicca existem diversas vertentes, desde as mais rigidamente estruturadas, seguindo normas e rituais fixos, até aquelas que são predominantemente ecléticas, com adaptações regionais ou pessoais. Entre as mais tradicionais se encontram a Gardeneriana, Alexandrina, Diânica, Celta, Georgiana etc. A Wicca pode ser praticada em grupos chamados covens ou por solitários.
Todas as Deusas são uma única Deusa", múltiplas manifestações da Grande Mãe. Cultuar a Grande Deusa pode se manifestar no culto a um ou mais dos arquétipos que a representem nas diversas culturas do mundo. Assim, sejam as Lilith e a Shequinah judaicas, a babilônia Inanna, a havaiana Pele, a chinesa Kwan-In, a japonesa Amaterasu, a inca Ixchel, as africanas Yemanjá e Oyá, ou as hindus Sarasvati e Kali, sempre se estará prestando culto à mesma e única Deusa. As diferentes mitologias enumeram milhares de nomes de Deusas, correspondendo a aspectos ou atributos diversos. Assim, se escolhemos nos conectar com as Deusas Afrodite ou Ishtar ao procurarmos trabalhar a energia do amor, o fazemos porque essas formas do arquétipos, por disposição de milênios, mais se aproximam dessa energia. Se precisamos tratar de estudos ou escrita, criatividade nas artes, invocamos Atena ou Saravasti, por exemplo.
Muitas bruxas costumam se conectar com Deusas de diferentes mitologias, conforme a necessidade de seus trabalhos. Outras se atém a um panteão determinado e só cultuam as Deusas e Deuses daquela cultura. Ambas as formas de expressão fazem parte dos Caminhos da Deusa. Algumas bruxas preferem se conectar com as Deusas em sua forma mais primitiva, como Mãe Terra, daí utilizarem símbolos das chamadas Vênus pré-históricas, como de Laussel, Willendorf, Deusa serpente de Creta, Deusa do Nilo.
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Acessado em 15/04/2011