quinta-feira, 31 de maio de 2012

Atlântico Negro - Na rota dos Orixás

Atlântico Negro - Na rota dos Orixás
Documentário dirigido por Renato Barbieri e produzido pelo Pólo de Cinema e Vídeo do DF, mostrando a diáspora negra - o tráfico negreiro entre África e América, que espalhou o povo negro pelo continente.

Praça Santa Isabel





Plasma

Plasmando Formas

Paulo Henrique Huck

Marcelino

PEV Publicação re-editada.




PEV
Publicação re-editada.

Link Abaixo:















 



quarta-feira, 30 de maio de 2012

reciclagem de lixo eletrônico

Rio de Janeiro ganha a primeira cooperativa de reciclagem de lixo eletrônico

O lixo eletrônico é um dos maiores problemas ambientais do mundo. O Brasil, segundo um relatório das Nações Unidas, é o primeiro num ranking nada animador. Entre as nações emergentes, é o país que gera a maior quantidade desse tipo de resíduo, por pessoa. Só de computador são abandonadas quase 100 mil toneladas métricas por ano.
A 'Política Nacional de Resíduos Sólidos' prevê que os fabricantes ofereçam ao consumidor formas adequadas de descarte para o chamado "i-lixo". Mas esse trabalho ainda está engatinhando. Durante a Rio +20, teremos uma boa notícia nesse setor. O Rio de Janeiro vai ganhar a primeira cooperativa de 'reciclagem de lixo eletrônico'.


http://www.youtube.com/watch?v=ThQeiB3BBIo&feature=em-uploademail

Somos apenas diferentes

Menino de 10 anos diz em 4 minutos o que o ViSta-se tenta dizer há 5 anos

Publicado em 24 de abril de 2012 em Documentários, Notícias, Pelos Animais, ▼ Top, ▼ Vídeos

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http://vista-se.com.br/redesocial/menino-de-10-anos-diz-o-que-o-vista-se-tenta-dizer-ha-5-anos/

Comida vegetariana na merenda escolar

Depois de São Paulo, é a vez de Curitiba implementar merenda vegetariana em escolas municipais


Travel by bike

terça-feira, 29 de maio de 2012

Google Docs



Estamos aderindo a mais uma ferramenta do Google: Google Docs. Disponibilizaremos, em breve, uma série de documentos de interesse da nossa comunidade (atualmente restritos aos arquivos CESAJO – Casa Branca), através deste dispositivo midiático. Acompanhe.

Massa Crítica








Massa Crítica


"A vida, hoje,
 está dividida em duas:
as coisas que fazemos
 por dinheiro e as coisas
 que fazemos porque
 gostamos e acreditamos"
Chris Carlsson




Vocês já ouviram falar em Chris Carlsson?
Este cidadão e o movimento denominado “Massa Crítica” tem muito em comum. Nós tivemos a feliz oportunidade de conhecê-lo. Ele foi um dos painelistas do Fórum Mundial da Bicicleta e trouxe para o Porto Alegre um relato muito interessante da sua atividade como cicloativista.
São Paulo sempre é uma referência para nós em relação a muitos assuntos. Pois vejam vocês, pesquisando sobre este assunto, visitamos a página da ONG ciclocidades  e o que encontramos lá? Mobilização dos bikers no sentido de comprometer os candidatos das próximas eleições sobre as questões relativas a bicicleta (ciclovias, mobilidade urbana, etc.). Vejam banner reproduzido abaixo. Já na cidade de Viamão ... Lamentável o ocorrido. Bicicletada purosangue isabelense já existe desde sempre. Se a imprensa oficial não enxerga é porque somos "invisíveis". Entende?



Links

Leia o livro “O Apocalipse Motorizado”





http://www.ciclocidade.org.br/  





















Cidade das bicicletas

Dos 10 aos 17 anos de idade, em Livramento, meu meio de transporte foi a bicicleta. Era saudável, divertido, dava grande autonomia e não poluía, embora eu não soubesse disso, nem os santanenses tivessem preocupação com ar puro. Sonho em ir para a PUCRS e para a Rádio Guaíba de metrô e de bicicleta. No primeiro caso, pegaria o trem na estação HPS e desceria na estação PUCRS e na estação Praça da Alfândega. No segundo, pedalaria na grande planície da minha casa até a universidade, da Ramiro Barcelos até a Ipiranga, e, ao longo da sinuosa avenida, até a PUCRS, ou por Osvaldo Aranha, túnel e Mauá até o Centro. Nos dias de chuva ou de muito cansaço, colocaria a bicicleta no metrô e me sentiria realizado. Imagino empresas e instituições em geral com duchas para os ciclistas chegando suados ao trabalho nos verões.

Sou fã desse pessoal do Massa Crítica. Enxergam perto e longe. O futuro das cidades pertencerá às bicicletas e ao metrô subterrâneo. Cidades como Porto Alegre e São Paulo precisam imitar Paris e ter linhas de metrô em todas as direções. O carro individual é um meio de transporte anacrônico. Em sociedades cada vez mais sedentárias, populosas e engarrafadas, a bicicleta é, ao mesmo tempo, academia de ginástica, meio de transporte, instrumento de lazer e fator de defesa do meio ambiente. Imagino as ruas do futuro tomadas por bicicletas e com uma só pista para carros. Não muito distante dos nossos dias, o uso do automóvel por uma única pessoa em horários comerciais será proibido. O carro é meio individualista e egoísta. Teremos carros cada vez mais velozes parados nos intermináveis engarrafamentos. Esse modelo está falido.

O Brasil de JK em diante acreditou que a modernidade era a rodovia, o automóvel, a gasolina e a mesa de fórmica. Desmantelou a rede ferroviária. A Europa, que não tem medo de ser tradicional, nunca renegou bondes, metrôs e trens de pequena, média e grande velocidade. Os ciclistas parecem enxames em vários grandes cidades dessa Europa velha e chata, cheia de museus e de parques onde as pessoas fazem uma coisa antiquada que por aqui é considerada, por muitos, como mico: piquenique. Porto Alegre está vivendo o derradeiro conflito entre motoristas arrogantes e ciclistas em busca de espaço. Assim como os plantadores de fumo, esses exportadores de doenças, terão de descobrir novas culturas, os governos terão de incentivar novos empreendimentos. Atrair montadoras de carros será coisa do passado. Governantes ousados tentarão criar grandes museus. Esperem para ver.

Porto Alegre tem tudo para se transformar na cidade das bicicletas, salvo na subida da Lucas de Oliveira, onde sugiro que instale um teleférico. Tem gente que quase perdeu o uso das pernas: desce de elevador até a garagem, dirige até o estacionamento do trabalho, onde pega o elevador até o escritório. Vive no ar-condicionado. Acossado por médicos, doenças e barriga, caminha no mesmo lugar, na esteira. A bicicleta vem reconquistando terreno como esporte e lazer. Precisa ser meio de transporte. É só uma questão de mentalidade.

Juremir Machado da Silva










domingo, 27 de maio de 2012

Praça Florença





A Última Partida

A Cidade de Santa Isabel é formada por diversas vilas, bairros grupos urbanos populares. A Vila Florença é uma parte da Santa Isabel. O futebol de campo foi uma das atividades de interesse na minha infância.
O fenomeno urbano tomou conta de toda esta região onde vivemos, eu nunca vi tanta obra civil acontecendo ao mesmo tempo. Isto é bom ou ruim? Para onde caminhamos, enquanto cidade? Estamos diante de um crescimento sustentável ou insustentável? Questões e mais questões para nós estudarmos. E as respostas? Elas haverão de surgir durante o nosso percurso (Caminhando).
 A Vila Florença é aquela comunidade que fica entre a Santa isabel e a Cecília. A Vila Florença não tem escola. A Vila Florença não tem creche (pública). A Vila Florença não tem Supermercado. A Vila Florença não tem um monte de coisas, mas tinha um campo de futebol e, no entorne dele, sociabilidades, cultura, lazer, diversão, enfim encontro de amigos (comunidade reunida). Minimamente organizada, havia ali também uma entidade associativa que organizava as atividades esportivas e sociais, dentre elas uma escolinha comunitária de futebol infantil. O esporte tem estes atributos de agregar, reunir, mobilizar pessoas.
A minha infância foi muito simples. Vivia com os meus pais ali na Rua Lisboa, esquina com Napoleão Bonaparte (Vila Miguelina). A minha mãe tinha um armazém (Armazém Jacomini). Eu ajudava nas atividades comerciais da família. Nas horas vagas, ficava ali pela frente, observando os transeuntes. Nos sábados havia um fluxo intenso de florentinos (ou florencianos) que faziam o seu deslocamento semanal até “a vila” (Isabel) para buscar abastecimento (geralmente nos supermercados Dosul e no Sete Irmãos). Nos domingos a tarde, dia de descanso e lazer, eu ia assistir os jogos de futebol que ocorriam no Campo da Florença. Eu tinha um determinado interesse por futebol (hoje, não mais). Pensava na possibilidade de ser um goleiro (Pode?). Coisas de criança.
A palavra mais bonita que eu conheço em antropologia é “Tradição”. Não só a palavra, mas tudo o que ela encerra. Hoje eu fiu no campo do Florença (pedalando – Bicicletada.org).Conversei com amigos, testemunhei a “Tradição” do lugar, me emocionei com os relatos da “Última Partida”. Fiz fotos, consultei os mais antigos sobre questões diversas, enfim vivi (e revivi) aquela emoção de ser comunidade que se encontra e exige espaços de encontro, de cultura, de esporte e de lazer. A comunidade está prestes a receber do poder público um novo equipamento urbano denominado “Praça”. Ouvi crianças que falavam em uma pista de skate. Eu não sei se está previsto um equipamento deste tipo ali no outrora Campo do Florença.  Eu sei que o Bar do Carioca fechou. O mesmo ocorreu com o Bar da Gringa. A chácara do Tio Zuza foi transformada em loteamento e o Campo de Futebol abriu espaço para uma praça. A Praça do Florença. Saudosismo? Não, urbanismo!









A Última Partida

A Cidade de Santa Isabel é formada por diversas vilas, bairros grupos urbanos populares. A Vila Florença é uma parte da Santa Isabel. O futebol de campo foi uma das atividades de interesse na minha infância.
O fenômeno urbano tomou conta de toda esta região onde vivemos, eu nunca vi tanta obra civil acontecendo ao mesmo tempo. Isto é bom ou ruim? Para onde caminhamos, enquanto cidade? Estamos diante de um crescimento sustentável ou insustentável? Questões e mais questões para nós estudarmos. E as respostas? Elas haverão de surgir durante o nosso percurso (Caminhando).
 A Vila Florença é aquela comunidade que fica entre a Santa Isabel e a Cecília. A Vila Florença não tem escola. A Vila Florença não tem creche (pública). A Vila Florença não tem Supermercado. A Vila Florença não tem um monte de coisas, mas tinha um campo de futebol e, no entorne dele, sociabilidades, cultura, lazer, diversão, enfim encontro de amigos (comunidade reunida). Minimamente organizada, havia ali também uma entidade associativa que organizava as atividades esportivas e sociais, dentre elas uma escolinha comunitária de futebol infantil. O esporte tem estes atributos de agregar, reunir, mobilizar pessoas.
A minha infância foi muito simples. Vivia com os meus pais ali na Rua Lisboa, esquina com Napoleão Bonaparte (Vila Miguelina). A minha mãe tinha um armazém (Armazém Jacomini). Eu ajudava nas atividades comerciais da família. Nas horas vagas, ficava ali pela frente, observando os transeuntes. Nos sábados havia um fluxo intenso de florentinos (ou florencianos) que faziam o seu deslocamento semanal até “a vila” (Isabel) para buscar abastecimento (geralmente nos supermercados Dosul e no Sete Irmãos). Nos domingos a tarde, dia de descanso e lazer, eu ia assistir os jogos de futebol que ocorriam no Campo da Florença. Eu tinha um determinado interesse por futebol (hoje, não mais). Pensava na possibilidade de ser um goleiro (Pode?). Coisas de criança.
A palavra mais bonita que eu conheço em antropologia é “Tradição”. Não só a palavra, mas tudo o que ela encerra. Hoje eu fui no campo do Florença (pedalando – Bicicletada.org). Conversei com amigos, testemunhei a “Tradição” do lugar, me emocionei com os relatos da “Última Partida”. Fiz fotos, consultei os mais antigos sobre questões diversas, enfim vivi (e revivi) aquela emoção de ser comunidade que se encontra e exige espaços de encontro, de cultura, de esporte e de lazer. A comunidade está prestes a receber do poder público um novo equipamento urbano denominado “Praça”. Ouvi crianças que falavam em uma pista de skate. Eu não sei se está previsto um equipamento deste tipo ali no outrora Campo do Florença.  Eu sei que o Bar do Carioca fechou. O mesmo ocorreu com o Bar da Gringa. A chácara do Tio Zuza foi transformada em loteamento e o Campo de Futebol abriu espaço para uma praça. A Praça do Florença. Saudosismo? Não, urbanismo!







Abaixo os links para sites onde os temas aqui abordados podem ser aprofundados:  


Pra não dizer que não falei das flores - Geraldo Vandré (1968)

Tiririca – Florentina

BICICLETADA

Vídeos JacquesJa

Banco de Imagens da Cidade de Santa Isabel

sábado, 26 de maio de 2012

Mestre Galo Preto




Sopa Diário 2007 - Volta do Mestre Galo Preto e Cultura Yorùbá com Alexandre L'Omi L'Odò 1°



Este vídeo é o primeiro dos 3, do Programa Sopa Diário da TVU/PE - 2007. Que registrou oficialmente a volta do Mestre Galo Preto aos palcos e aos programas de televisão e, também foi este o programa que levou pela primeira vez à mídia pernambucana a discussão sobre a História, Língua e Cultura Yorùbá, com entrevista do pesquisador e sacerdote Alexandre L'Omi L'Odò.

Foi um programa histórico. E por isso decidi disponibilizá-lo completamente para todas e todos, pois se tratou de um momento rico em memória, conteúdo e cultura.

Na mesma sequência, também esteve presente a minha Iyalorixá Mãe Lúcia de Oyá, que me auxiliou nas falas sobre a cultura negra de terreiro.

Neste primeiro vídeo de 19'min. O apresentador Roger de Renór faz a abertura do programa entrevistando o Mestre Galo Preto, que canta na sequencialmente duas músicas - Aruvalhado (a primeira) e Alô Recife e Olinda (a segunda), fechando o 1° bloco do programa.

Houve um pequeno erro de produção ao trocar os nomes das músicas no vídeo, mas isso não interfere de todos poderem identificar quais são as músicas cantadas pelos títulos dos refrões.

É com muita satisfação que compartilho com os amantes da memória da cultura pernambucana esta contribuição intencional em garantir o acesso à memória de nossas referências negras e indígenas. Este vídeo é parte de meu acervo audiovisual.

Visitem os vídeos em sequência:

1-
http://www.youtube.com/watch?v=UppTPRFpLLs
2- http://www.youtube.com/watch?v=OPtHc7t_6iE
3- http://www.youtube.com/watch?v=9M8ylq6nS1Q

Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com
81. 8887-1496







*********************************


Palhinha com o Mestre Galo Preto, gravada na Feira de Peixinhos, periferia de Olinda, exibida no programa Toda Música, que vai ao ar todo final de semana na TV Pernambuco e na TV Universitária do Recife. Mais informações www.todamusica.tv


 

Quilombos do país






A força de quem luta por seus direitosNa semana em que se comemora o Dia Internacional da África, o Caminhos da Reportagem resgata a história e mostra a realidade dos Quilombos do país. A equipe do programa percorreu a Bahia, o Maranhão e o Rio Grande do Sul para mostrar como vivem esses brasileiros e como eles preservam suas culturas e tradições.

O programa visitou comunidades rurais e urbanas, pesqueiras e artesãs, para saber quais são os seus sonhos e desafios. Também mostra o resultado do isolamento geográfico e cultural a que essas pessoas estiveram submetidas por dezenas de anos.

No Nordeste, região com maior número de Quilombos do país, encontram-se comunidades favelizadas dominadas pelo tráfico de drogas e que agora dão sinais de recuperação. Do Município de Cachoeira, na Bahia, vem o exemplo pioneiro do quilombo Caonge, que, através de um conselho de lideranças organizado, aumentou a renda das comunidades locais com o cultivo de mariscos, apicultura e artesanato.

Em Alcântara, no Maranhão, as lembranças dos tempos da escravidão estão nas ruínas, no pelourinho e nas inúmeras comunidades quilombolas que vivem na região. Ali, a luta pela terra e pelo reconhecimento do território envolve fazendeiros, grileiros e até o projeto da base espacial brasileira. Na fronteira sul do Brasil, o programa mostra como vaqueiros mesclam tradições gaúchas e africanas.

Reportagem: Big Richard
Imagens: Fábio Damasceno/ Gilberto Osmundo
Luz e áudio: Luciano Gomes/ Gilberto Osmundo
Produção: Patricia Araujo/ Joab Estrela/ Ely Coelho/ Big Richard
Edição de Texto: Cintia Vargas
Edição de Imagens: Tyrone Alencar e Hugo Carmelo


https://www.youtube.com/watch?v=Xb8hc3QGIQA

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Manual para o leitor






BLOG A Cidade de Santa Isabel
Manual para o leitor

O blog A Cidade de Santa Isabel é único no seu gênero, portanto decidimos criar este manual que auxiliará os seus leitores. Iniciamos com o manual (propriamente dito) e, posteriormente, apresentamos algumas definições auxiliares (glossário).
A internet é um universo de informação. Estamos participando deste cenário com alguns domínios (páginas) criados com fins específicos. O sitio WWW.acidadedesantaisabel.blogspot.com foi construído para colocarmos em tela a nossa aldeia e a nossa gente. Você deve ler o blog como lê uma página padrão da internet. Fiquem atentos para as barras laterais, links e imagens, pois estes recursos vão auxiliar o entendimento global dos temas propostos (publicados).
As publicações, de um modo geral, são constantemente revistas e atualizadas. Portanto, se você já leu determinada publicação, fique atento, pois podem surgir “novidades” em cada uma delas. Voltar e reler as publicações já visitadas pode ser uma boa oportunidade para se atualizar sobre os assuntos de interesse do leitor (devido a questões operacionais, nem sempre chamamos a atenção do público para as re-edições). As atualizações seguem uma dinâmica editorial interna sem regras pré-definidas.
Há reproduções de textos publicados em outras fontes da própria internet ou fora dela. Neste caso, sempre citamos a fonte de origem do material publicado.
Há publicações de textos “Cifrados”, sempre que o tema e a abordagem apresentem esta necessidade. Todo este material é de visualização permitida, basta que o leitor tenha “a chave de acesso” concedida pela equipe de editores do blog.
Boa leitura!

Glossário
Blog: site da internet
Post (ou postagem): publicação
Re-edição: reapresentação de determinada página.
Comentário: pequenos textos publicados a posteriori (podem ser criados por editores externos, devidamente identificados)









Crueldade nunca mais





Quando punimos crimes contra animais, estamos protegendo um humano no futuro


Lilian Rockenbach se define como uma “protetora dos animais”. Ela é uma das organizadoras de um movimento que surgiu no ano passado que busca mobilizar a população na defesa dos animais, batizado de “Crueldade nunca mais”. O movimento já organizou passeatas e manifestações em várias cidades do Brasil.
Segundo Lilian, um dos objetivos do movimento é pressionar a comissão que debate a reforma do Código Penal para tentar aumentar a pena do crime de maus-tratos. “Com casos como o do yorkshire maltratado em Goás, a população ficou sabendo que quem comete crimes contra animais tem apenas que pagar uma cesta básica”, diz. A ativista se refere a um caso de um cachorro, da raça yorkshire, que foi agredido em Formosa (GO). O caso ganhou repercussão nacional após um vídeo ser divulgado nas redes sociais.
Em entrevista ao Blog do Planeta, Lilian falou sobre as principais bandeiras do movimento, defendeu o vegetarianismo e rebateu as críticas mais comuns feitas aos ativistas.
ÉPOCA – O que é o movimento “Crueldade nunca mais”?
Lilian Rockenbach – É um movimento composto por vários protetores de animais e ONGs que atuam na causa dos animais. Depois dos últimos acontecimentos, como [o caso de maus-tratos de um] yorkshire em Goiás, houve comoção nacional. A população ficou sabendo que quem comete crimes contra os animais paga apenas com cestas básicas. A partir de dezembro, fizemos manifestações que contabilizaram mais de 100 mil pessoas pedindo penalizações mais rígidas contra quem comete crimes contra animais.
Em abril, nós tivemos conhecimento da reforma do Código Penal. Nos chegou a informação de que a lei de crimes ambientais vai ser um capítulo do novo código, e que muito possivelmente alguns artigos da lei de crimes ambientais não serão contemplados nessa reforma. A lei de crimes ambientais é a que protege os animais, no seu artigo 32, que considera maus-tratos como crime. Enquanto protetores dos animais, a nossa preocupação foi de perder o artigo 32. Por isso nós nos reunimos novamente e fizemos uma carta aberta e uma petição online. Imagino que vamos chegar a umas 150 mil assinaturas físicas, mais as assinaturas da petição online. Também elaboramos um documento para enviar à comissão de juristas da reforma do Código Penal.
ÉPOCA – É certo que a reforma do Código Penal vai tirar o artigo 32 da lei de crimes ambientais?
Lilian – Na verdade, nós recebemos a informação de que a lei seria encampada e que alguns artigos poderiam não ser contemplados. Ninguém falou que seria o artigo 32. Mas, enquanto ativistas, nós temos que nos antecipar. Não podemos esperar que aconteça para depois correr atrás do prejuízo.
ÉPOCA – Como vocês definem o que é e o que não é crueldade com os animais?
Lilian – Isso é definido por um decreto federal, de 1934. O primeiro artigo desse decreto diz que todos animais existentes no país são tutelados pelo Estado. Quem defende o animal é o Ministério Público. O decreto diz o que considera maus-tratos, como praticar abuso, manter animais em lugares anti-higiênicos, etc. Não só em relação a cães e gatos, mas também bois, cavalos… Basicamente, a lei de crimes ambientais tipifica maus-tratos como crime e o decreto diz o que é considerado maus-tratos.
ÉPOCA – Você falou em bois e cavalos. Como fica a questão de maus-tratos no meio rural? Porque muitas vezes em sítios e fazendas o produtor precisa matar o animal.
Lilian – Nosso esforço nessa área é gigante. Por exemplo, falam do abate para comer, dizem que é cultural. Mas tem lei que não permite esse abate. Existe uma lei chamada de abate humanitário: todo animal abatido para ser consumido tem que ser abatido em frigoríferos e tem que passar pelo processo de insensibilização antes de morrer. Não sei se você já viu abate de porco, eles vão esfaqueando o animal até ele morrer. Então esse tipo de crueldade nós somos contra, lutamos contra, e existe legislação que protege os animais nesse ponto.
ÉPOCA – Isso quer dizer que vocês não são contra o abate, apenas querem que não seja feito de forma cruel, certo?
Lilian – Não é bem assim. Eu diria que o movimento é formado em 80% de vegetarianos. Protetores de animais não comem animais. Não dá para proteger um e comer o outro. Existe os protetores de cães e gatos, que comem carne. Mas quem atua nas outras áreas acha até uma hipocrisia. O vegetarianismo é uma de nossas bandeiras. Para você ter ideia, um quilo de feijão gasta mais ou menos 350 litros de água. Já um quilo de carne são 19 mil litros de água. A diferença é gritante. Enquanto defensores dos animais, nós lutamos contra o abate. Não existe uma forma de morrer sem sofrer. Mas seria uma utopia achar que toda a população se tranformaria em vegetarianos.
ÉPOCA – Dá para viver sem carne, sem produtos de origem animal? Não parece muito radical?
Lilian - Ser defensor dos animais é um apostolado. Você não usa couro, não usa produtos testados em animais. Hoje existe tramitando um projeto de lei que obriga rotulagem de todos os produtos no Estado de São Paulo que foram testados em animal ou tenham componente de origem animal. Por exemplo, muita gente não sabe, mas a gelatina é um produto de origem animal. Essa informação tem que chegar a população. Nós temos uma lista de todas as empresas que não testam em animais. Defensores dos animais compram produtos dessas empresas, é uma lista grande, com produtos bons. Natura e Ipê são empresas que não testam em animais.
ÉPOCA – Mas os produtos com origem animal fazem parte de um setor importante da economia.
Lilian – O Brasil é o maior exportador de carne do mundo, e 70% da produção no Brasil é exportada. Se a população brasileira toda virasse vegetariana amanhã, só 30% do gado deixaria de ser morto. Mas, como eu te disse, é uma utopia. Nosso trabalho é de conscientização. Nosso trabalho é contra o abate em primeiro lugar. Mas se tem que ter abate, ele tem que acontecer seguindo a legislação. O que acontece é que é de interesse da bancada ruralista descriminalizar a conduta de crueldade contra os animais. Tanto é que há em Brasília um projeto de lei, do deputado José Thomaz Nonô, que exclui a expressão “domésticos e domesticados” do artigo 32. Animais domésticos são cães e gatos, domesticados são cavalos, bois. Por que que ele propõe isso? Porque deixando de ser crime, todas as cidades que proibiram rodeios teriam as decisões revogadas. Rinha deixaria de ser crime. Nós defendemos um projeto de lei que coloca regras para rodeios. O projeto não proibe o rodeio, proibe as práticas de maus-tratos com os animais, porque é normal situações de choques elétricos no ânus, açoitar o animal, atormentar. As práticas de cruledades são tremendas. Nenhuma animal fica pulando daquela forma no pasto. E a resistência da bancada ruralista, aqui em São Paulo, é gigante. Veja o que a bancada fez com o Código Florestal. A pressão da sociedade é muito maior do que o nosso movimento, e ainda assim o código foi aprovado.
ÉPOCA – Uma das críticas feitas aos movimentos de defesa dos animais é que defendem os animais de estimação, o cachorro, o gato, mas não se hesita em matar outros animais, como baratas ou ratos. Como você vê essa crítica? Pode matar rato?
Lilian – Bom, eu não mato barata, não mato rato. Não mato nem formiga. Existem técnicas que você pode fazer para manter os animais fora da sua casa. Mesmo porque esses animais entram nas casas atrás de alimento. Eles só vão entrar na sua casa se você proporcionar um meio para eles viverem ali. Na minha casa tem oito cachorros, quatro gatos, então não entra rato de jeito nenhum. Dificilmente você vai achar um defensor de animais que não tenha citronela plantada na sua casa: citronela mantém afastados pernilongos e mosquitos. Há maneiras de evitar matar. É claro que tem protetores dos animais que pensam diferente, mas alguns são até piores, os veganos não comem queijo, leite, ovos. É uma filosofia de vida, como eu te falei, é um apostolado, quanto mais você vai vivendo, mais vai abrindo o horizonte. Todo mundo começa pelo cachorro e pelo gato, e chega uma hora que passa a defender todas as forma de vida.
ÉPOCA – Na sua opinião, qual seria o resultado ideal do movimento?
Lilian – Nós conseguimos a confirmação de que a lei de crimes ambientais vai ser encampada, e o relator do Código Penal disse que o artigo 32 não vai sair. Nossa luta agora é por penas mais rígidas. Porque segundo uma série de pesquisas e estudos científicos, quando você protege o animal você protege o ser humano. O primeiro estudo fazendo essa ligação foi feito pelo FBI, na década de 1980. Eles descobriram que 80% dos serial killers começam a vida criminosa cometendo crimes contra animais. Quando você pune quem comete um crime contra o animal, você automaticamente está protegendo um humano no futuro. Nós temos um sonho de que um dia não seja necessário Código Penal, que as pessoas sejam conscientes. Mas por enquanto, nós temos que ter penas para impedir crimes. Punir fazendo a pessoa pagar uma cesta básica não vai impedir que ela cometa o crime. Se a pena for de dois a quatro anos, já é melhor. Mas se você perguntar minha opinião pessoal, eu acho que deveria ser uns dez anos de cadeia.
Foto: Manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo.
(Bruno Calixto)

http://colunas.revistaepoca.globo.com/planeta/2012/05/23/quando-punimos-crimes-contra-animais-estamos-protegendo-um-humano-no-futuro/






Anteprojeto do Código Penal: foi aprovado punição rigorosa para crimes contra animais!



Prezados defensores,

O deputado Feliciano Filho está, neste momento, na Comissão de Juristas em Brasília, acompanhando a votação do anteprojeto do Código Penal, e está nos passando algumas notícias:

A lei 9605/98 foi TOTALMENTE encampada no anteprojeto.

O texto sugerido pelo desembargador  Dr. José Muiños Piñeiro Filho é para que os atos de maus tratos contra animais saiam da transição penal, ou seja, passam de 3 meses a 1 ano de detenção (o que significava apenas pagamento de multa) para de 1 a 4 anos. Outra modificação é que antes a pena era de detenção, agora é de prisão.

Infelizmente os juristas optaram por retirar do texto a expressão "ferir", tendo ficado apenas "praticar ato de abuso e maus tratos".


"A pena para maus tratos ou abuso ainda pode aumentar de um sexto a um terço caso haja mutilação ou lesão grave permanente no animal. Os juristas também aprovaram que se o crime resultar em morte do animal, a pena máxima poderá chegar a seis anos, pois será aumentada pela metade.
A mesma pena é destinada àqueles que realizam experiências dolorosas ou cruéis em animais vivos, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos para esta prática. Como exemplo, os juristas citaram a utilização de animais em testes para produção de cosméticos
Na última segunda-feira (21), o Movimento Nacional de Proteção e Defesa Animal entregou ao relator da comissão de juristas, Luiz Carlos Gonçalves, 160 mil assinaturas pedindo penas mais duras para crimes contra animais. De acordo com a protetora independente de animais e membro da causa, Liliane Rockendach, o movimento pede pena de dois a quatro anos para maus-tratos contra animais.
Ainda acordo com o texto aprovado nesta sexta, “abandonar, em qualquer espaço, público ou privado, animal doméstico, domesticado, silvestre ou em rota migratória, do qual detém propriedade, posse ou guarda”, pode acarretar em pena de um a quatro anos. Hoje, o abandono de animal é considerado apenas contravenção."
G1
Isso significa que todo o nosso esforço, defensores de animais, que nos unimos para chamar a atenção da população, que nos esforçamos pela contemplação de maiores penas para maus tratos a animais JÁ NO ANTEPROJETO, não foi em vão.
A manifestação do dia 22 de janeiro que juntou mais de cem mil pessoas, no Brasil e no exterior, os documentos enviados pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, os documentos enviados pelo Ministério Público de São Paulo, o abaixo assinado no site Crueldade Nunca Mais, o Pedágio Nacional (do qual já recebemos cerca de 80 mil assinaturas físicas), a participação de representantes do movimento que protocolaram documentos nas Audiências Públicas de São Paulo, Aracaju, Rio de Janeiro e Porto Alegre, documentos e estudos enviados aos juristas, que relacionam a Crueldade Contra Animais x Crueldade Contra Humanos, nossa viagem a Brasília no dia 21 de Maio para levar as 160 mil assinaturas (parciais) solicitando maior punição para quem comete crimes de crueldade contra animais, e agora a viagem do deputado Feliciano para acompanhar a votação. Todo este trabalho resultou positivamente.
Mas não acaba aqui, continuaremos acompanhando por todo o tempo que durar a tramitação do projeto de lei, para garantir que as conquistas não sejam perdidas e tentarmos, ENTÃO, lutar por conquistas maiores junto aos parlamentares.
Agradecemos a participação de TODOS nesta etapa, enaltecendo o fato de que precisamos continuar unidos e focados para sempre defender os nossos irmãos animais.





http://crueldadenuncamais.blogspot.com.br/2012/05/anteprojeto-do-codigo-penal-foi.html